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VERSO 25

etad evātma-bhū rājan
nāradāya vipṛcchate
veda-garbho ’bhyadhāt sākṣād
yad āha harir ātmanaḥ

etat — sobre este assunto; eva — exatamente; ātma-bhūḥ — o primogênito (Brahmājī); rājan — meu querido rei; nāradāya — a Nārada Muni; vipṛcchate — tendo-lhe perguntado sobre isto; veda-garbhaḥ — uma pessoa que é imbuída de conhecimento védico desde o nascimento; abhyadhāt — informou; sākṣāt — diretamente; yat āha — aquilo que ele falou; hariḥ — o Senhor; ātmanaḥ — ao Seu próprio filho (Brahmā).

Meu querido rei, Brahmā, o primogênito, ao ser interpelado por Nārada, deixou-o bem inteirado deste assunto, conforme fora diretamente falado pelo Senhor ao Seu próprio filho, que era imbuído de conhecimento védico desde o seu nascimento.

SIGNIFICADO—Tão logo nasceu das pétalas de lótus do abdômen de Viṣṇu, Brahmā foi impregnado de conhecimento védico, motivo pelo qual ele é conhecido como veda-garbha, ou um vedantista desde quando era um embrião. Sem conhecimento védico, ou conhecimento perfeito e infalível, ninguém pode criar nada. Todo o conhecimento científico e todo o conhecimento perfeito são védicos. Nos Vedas, podem-se obter todas as espécies de informações, e, nesse caso, Brahmā foi impregnado com o conhecimento todo-perfeito para que pudesse criar. Assim, Brahmā conhecia a perfeita descrição da criação, como lhe foi exatamente transmitida pelo Supremo Senhor Hari. Brahmā, ao ser interpelado por Nārada, disse a este tudo o que ouvira diretamente do Senhor. Por sua vez, Nārada disse exatamente a mesma coisa a Vyāsa, e Vyāsa também disse a Śukadeva exatamente o que ouvira de Nārada. E Śukadeva iria repetir as mesmas afirmações que ouvira de Vyāsa. Esse é o processo de compreensão védica. A linguagem dos Vedas pode ser revelada apenas pela sucessão discipular acima mencionada, e não de outra maneira.

Não há necessidade de teorias. O conhecimento precisa ser posto em prática. Existem muitas coisas complexas e que só podem ser entendidas quando são explicadas por alguém que as conheça. O conhecimento védico também é muito difícil de ser conhecido e deve ser aprendido através do sistema acima mencionado; caso contrário, não é entendido de maneira nenhuma.

Śukadeva Gosvāmī, portanto, orou pedindo a misericórdia do Senhor para que pudesse repetir a mesmíssima mensagem que o Senhor falara diretamente a Brahmā, ou que Brahmā falara diretamente a Nārada. Portanto, diferentemente do que sugerem pessoas mundanas, as afirmativas sobre a criação explicadas por Śukadeva Gosvāmī não são nem um pouco teóricas, mas perfeitamente corretas. Aquele que ouve estas mensagens e tenta assimilá-las obtém a informação perfeita acerca da criação material.

Neste ponto, encerram-se os significados Bhaktivedanta do segundo canto, quarto capítulo, do Śrīmad-Bhāgavatam, intitulado “O Processo da Criação”.

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