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VERSO 41

nāntaṁ vidāmy aham amī munayo ’gra-jās te
māyā-balasya puruṣasya kuto ’varā ye
gāyan guṇān daśa-śatānana ādi-devaḥ
śeṣo ’dhunāpi samavasyati nāsya pāram

na — nunca; antam — fim; vidāmi — conheço; aham — tu; amī — e todos aqueles; munayaḥ — grandes sábios; agra-jā — nascidos antes de ti; te — tu; māyā-balasya — da onipotente; puruṣasya — da Personalidade de Deus; kutaḥ — o que falar de outros; avarāḥ — nascidos depois de vós; ye — aqueles; gāyan — cantando; guṇān — as qualidades; daśa-śata-ānanaḥ — alguém que tem mil rostos; ādi-deva — a primeira encarnação do Senhor; śeṣaḥ — conhecida como Śeṣa; adhunā — até agora; api — mesmo; samavasyati — pode alcançar; na — não; asya — dEle; pāram — limite.

Nem eu, nem todos os sábios nascidos antes de ti, conhecemos por completo a onipotente Personalidade de Deus. Logo, o que podem os outros, que nasceram depois de nós, saber a respeito dEle? Nem mesmo a primeira encarnação do Senhor, a saber, Śeṣa, foi capaz de alcançar o limite desse conhecimento, embora Ele possua mil rostos, com os quais descreve as qualidades do Senhor.

SIGNIFICADO—A onipotente Personalidade de Deus manifesta três potências principais, a saber, as potências interna, externa e marginal, com expansões ilimitadas dessas três energias. Nesse caso, ninguém pode jamais calcular as expansões dessas potências porque nem mesmo a própria Personalidade de Deus, como a encarnação de Śeṣa, pode estimar as potências, embora Ele tenha Se dedicado continuamente a descrevê-las com Seus mil rostos.

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