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VERSO 5

taptaṁ tapo vividha-loka-sisṛkṣayā me
ādau sanāt sva-tapasaḥ sa catuḥ-sano ’bhūt
prāk-kalpa-samplava-vinaṣṭam ihātma-tattvaṁ
samyag jagāda munayo yad acakṣatātman

taptam — tendo-me submetido a austeridades; tapaḥ — penitência; vividha-loka — diferentes sistemas planetários; sisṛkṣayā — desejando criar; me — de mim; ādau — a princípio; sanāt — da Personalidade de Deus; sva-tapasaḥ — por força de minhas próprias penitências; saḥ — Ele (o Senhor); catuḥ-sanaḥ — os quatro solteiros chamados Sanat-kumāra, Sanaka, Sanandana e Sanātana; abhūt — apareceram; prāk — antes; kalpa — criação; samplava — na inundação; vinaṣṭam — devastada; iha — neste mundo material; ātma — o espírito; tattvam — verdade; samyak — em completo; jagāda — manifestou-se; munayaḥ — sábios; yat — aquilo que; acakṣata — viram claramente; ātman — o espírito.

Para criar diferentes sistemas planetários, tive que me submeter a austeridades e penitências, e o Senhor, uma vez satisfeito comigo, encarnou como os quatro sanas [Sanaka, Sanatkumāra, Sanandana e Sanātana]. Na criação anterior, a verdade espiritual foi devastada, mas os quatro sanas explicaram-na tão bem que a verdade foi percebida pelos sábios de imediato e com clareza.

SIGNIFICADO—A oração Viṣṇu-sahasra-nāma menciona o nome do Senhor como sanāt e sanātana-tama. O Senhor e as entidades vivas são ambos qualitativamente sanātana, ou eternos, mas o Senhor é sanātana-tama, ou o eterno em grau superlativo. As entidades vivas são sanātana positivamente, mas não superlativamente, pois as entidades vivas são propensas a cair na atmosfera de não-eternidade. Portanto, as entidades vivas são quantitativamente diferentes do sanātana superlativo, o Senhor.

A palavra san também é usada no sentido de caridade; portanto, quando tudo é dado em caridade ao Senhor, o Senhor reciproca, entregando-Se ao devoto. Isso também é confirmado na Bhagavad-gītā (4.11): ye yathā māṁ prapadyante. Brahmājī quis criar toda a situação cósmica como ela era no milênio anterior e, porque na última devastação o conhecimento acerca da Verdade Absoluta foi totalmente eliminado do universo, ele desejou que o mesmo conhecimento fosse reinstituído; caso contrário, a criação não teria nenhum significado. Dado que o conhecimento transcendental é uma necessidade primordial, em cada milênio da criação as almas eternamente condicionadas recebem a oportunidade de liberar-se. Pela graça do Senhor, Brahmājī cumpriu esta missão quando os quatro sanas, a saber, Sanaka, Sanatkumāra, Sanandana e Sanātana, apareceram como seus quatro filhos. Esses quatro sanas eram encarnações do conhecimento do Senhor Supremo e, assim sendo, explicaram o conhecimento transcendental com tanta propriedade que todos os sábios puderam de imediato assimilar esse conhecimento sem a menor dificuldade. Seguindo os passos dos quatro Kumāras, a pessoa pode imediatamente ver a Suprema Personalidade de Deus dentro de si mesma.

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