VERSO 22
vāpīṣu vidruma-taṭāsv amalāmṛtāpsu
preṣyānvitā nija-vane tulasībhir īśam
abhyarcatī svalakam unnasam īkṣya vaktram
uccheṣitaṁ bhagavatety amatāṅga yac-chrīḥ
vāpīṣu — nos lagos; vidruma — feitas de coral; taṭāsu — margens; amala — transparente; amṛta — nectárea; apsu — água; preṣyā-anvitā — rodeada por criadas; nija-vane — em seu próprio jardim; tulasībhiḥ — com tulasī; īśam — o Senhor Supremo; abhyarcatī — adoração; su-alakam — com seu rosto enfeitado com tilaka; unnasam — nariz arrebitado; īkṣya — ao ver; vaktram — rosto; uccheṣitam — sendo beijada; bhagavatā — pelo Senhor Supremo; iti — assim; amata — pensou; aṅga — ó semideuses; yat-śrīḥ — cuja beleza.
As deusas da fortuna adoram o Senhor em seus próprios jardins, oferecendo-Lhe folhas de tulasī sobre as margens coralíneas de transcendentais reservatórios d’água. Enquanto oferecem adoração ao Senhor, elas podem ver sobre a água o reflexo de seus belos rostos com narizes arrebitados, e parece que ficam mais belas porque o Senhor as beija em seus rostos.
SIGNIFICADO—Geralmente, quando uma mulher é beijada por seu esposo, seu rosto fica mais belo. Também em Vaikuṇṭha, muito embora a deusa da fortuna seja naturalmente tão bela quanto se possa imaginar, ela espera pelo beijo do Senhor para tornar seu rosto mais belo. O belo rosto da deusa da fortuna reflete-se em lagos de transcendental água cristalina quando ela adora o Senhor com folhas de tulasī de seu jardim.