VERSOS 26-27
āmantrya taṁ muni-varam
anujñātaḥ sahānugaḥ
pratasthe ratham āruhya
sabhāryaḥ sva-puraṁ nṛpaḥ
ubhayor ṛṣi-kulyāyāḥ
sarasvatyāḥ surodhasoḥ
ṛṣīṇām upaśāntānāṁ
paśyann āśrama-sampadaḥ
āmantrya — obtendo permissão para partir; tam — dele (Kardama); muni-varam — do melhor dos sábios; anujñātaḥ — recebendo permissão de partir; saha-anugaḥ — junto com sua comitiva; pratasthe — procedeu em direção a; ratham āruhya — montando em sua quadriga; sa-bhāryaḥ — junto com a esposa; sva-puram — sua própria capital; nṛpaḥ — o imperador; ubhayoḥ — em ambas; ṛṣi-kulyāyāḥ — do agrado dos sábios; sarasvatyāḥ — do rio Sarasvatī; su-rodhasoḥ — as margens atraentes; ṛṣīṇām — dos grandes sábios; upaśāntānām — tranquilos; paśyan — vendo; āśrama-sampadaḥ — a prosperidade dos belos eremitérios.
Após pedir e obter do grande sábio permissão para partir, o monarca subiu em sua quadriga junto com a esposa e procedeu em direção à sua capital, seguido por sua comitiva. Ao longo do caminho, ele viu a prosperidade dos belos eremitérios dos tranquilos videntes em ambas as atraentes margens do Sarasvatī, o rio tão agradável às pessoas santas.
SIGNIFICADO—Assim como as cidades na era moderna são construídas com grande engenharia e habilidade arquitetônica, da mesma forma, em tempos remotos, havia bairros chamados ṛṣi-kulas, onde residiam grandes pessoas santas. Na Índia, ainda hoje há muitos lugares esplêndidos para a compreensão espiritual; há muitos ṛṣis e pessoas santas vivendo em ótimas cabanas às margens do Ganges e do Yamunā, com o propósito de cultivo espiritual. Enquanto passava pelos ṛṣi-kulas, o rei e seu grupo ficaram muito satisfeitos com a beleza das cabanas e eremitérios. Aqui se afirma que paśyann āśrama-sampadaḥ. Os grandes sábios não tinham arranha-céus, mas os eremitérios eram tão belos que o rei ficou muito satisfeito ao vê-los.