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VERSO 28

bahu-janma-vipakvena
samyag-yoga-samādhinā
draṣṭuṁ yatante yatayaḥ
śūnyāgāreṣu yat-padam

bahu — muitos; janma — após nascimentos; vipakvena — que é maduro; samyak — perfeito; yoga-samādhinā — em transe de yoga; draṣṭum — para ver; yatante — eles se esforçam; yatayaḥ — os yogīs; śūnya-agāreṣu — em lugares reclusos; yat — cujos; padam — pés.

Após muitos nascimentos, os yogīs maduros, em completo transe de yoga, esforçam-se em lugares reclusos para ver os pés de lótus da Suprema Personalidade de Deus.

SIGNIFICADO—Aqui se mencionam algumas coisas importantes sobre yoga. A expressão bahu janma-vipakvena significa “após muitos e muitos nascimentos de prática madura de yoga”. E outra expressão, samyag-yoga-samādhinā, significa “pela prática completa do sistema de yoga”. Prática completa de yoga significa bhakti-yoga; a menos que cheguemos ao ponto de bhakti-yoga, ou rendição à Suprema Personalidade de Deus, nossa prática de yoga não será completa. Esse mesmo ponto é corroborado na Śrīmad Bhagavad-gītā. Bahūnāṁ janmanām ante: após muitíssimos nascimentos, o jñānī que amadureceu em conhecimento transcendental rende-se à Suprema Personalidade de Deus. Kardama Muni repete a mesma afirmativa. Após muitíssimos anos e muitíssimos nascimentos de completa prática de yoga, pode-se ver os pés de lótus do Senhor Supremo num lugar recluso. Não é fato que, após a prática de algumas posturas sentadas, alcança-se a perfeição imediatamente. É preciso praticar yoga por muito tempo – “muitos e muitos nascimentos” – para tornar-se maduro, e o yoga tem de ser praticado num lugar afastado. Ninguém pode praticar yoga numa cidade ou num parque público e declarar que se tornou Deus simplesmente em troca de alguns dólares. Tudo isso é propaganda de farsantes. Aqueles que são realmente yogīs praticam yoga num lugar afastado e, após muitíssimos nascimentos, obtêm o sucesso, contanto que se rendam à Suprema Personalidade de Deus. Essa é a completa perfeição do yoga.

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