VERSO 35
nabhasaḥ śabda-tanmātrāt
kāla-gatyā vikurvataḥ
sparśo ’bhavat tato vāyus
tvak sparśasya ca saṅgrahaḥ
nabhasaḥ — a partir do éter; śabda-tanmātrāt — que se desenvolve do elemento sutil chamado som; kāla-gatyā — sob o impulso do tempo; vikurvataḥ — submetendo-se à transformação; sparśaḥ — o elemento sutil chamado tato; abhavat — desenvolvido; tataḥ — consequentemente; vāyuḥ — ar; tvak — o sentido do tato; sparśasya — do tato; ca — e; saṅgrahaḥ — percepção.
A partir da existência etérea, que se desenvolve do som, a próxima transformação ocorre sob o impulso do tempo, e, dessa maneira, o elemento sutil chamado tato, e consequentemente o ar e o sentido do tato, tornam-se proeminentes.
SIGNIFICADO—No decorrer do tempo, quando as formas sutis se transformam em formas grosseiras, tornam-se os objetos do tato. Os objetos do tato e o sentido tátil também se desenvolvem após essa evolução no tempo. O som é o primeiro objeto dos sentidos a manifestar a existência material, e, a partir da percepção do som, desenvolve-se a percepção do tato, e, a partir da percepção do tato, desenvolve-se a percepção da visão. Esse é o processo da evolução gradual de nossos objetos perceptivos.