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VERSO 31

ekaḥ prapadyate dhvāntaṁ
hitvedaṁ sva-kalevaram
kuśaletara-pātheyo
bhūta-droheṇa yad bhṛtam

ekaḥ — solitário; prapadyate — ele entra; dhvāntam — escuridão; hitvā — após deixar; idam — este; sva — seu; kalevaram — corpo; kuśala-itara — pecado; pātheyaḥ — o dinheiro da sua passagem; bhūta — a outras entidades vivas; droheṇa — pelo mal; yat — o corpo que; bhṛtam — foi mantido.

Solitário, ele vai às mais escuras regiões do inferno após abandonar o corpo atual, e o dinheiro que adquiriu, invejando outras entidades vivas, é o dinheiro da passagem com a qual ele deixa este mundo.

SIGNIFICADO—Quando um homem ganha dinheiro por meios ilícitos e mantém sua família e a si mesmo com esse dinheiro, o dinheiro é desfrutado por muitos membros da família, mas ele vai para o inferno sozinho. Uma pessoa que gozar da vida ganhando dinheiro ou invejando a vida de outrem, e que desfrutar com a família e amigos, terá que desfrutar sozinha o resultado das reações pecaminosas de tal vida ilícita e violenta. Por exemplo, se um homem consegue algum dinheiro matando alguém e, com esse dinheiro, mantém sua família, aqueles que desfrutam do “dinheiro sujo” ganho por ele também são parcialmente responsáveis e também são enviados ao inferno, mas aquele que for o líder receberá um castigo especial. O resultado do gozo material é que a pessoa leva consigo apenas a reação pecaminosa, e não o dinheiro. O dinheiro que ela ganhou é deixado neste mundo, e ela leva somente a reação.

Além disso, neste mundo, se uma pessoa adquire algum dinheiro assassinando alguém, a família dela não é enforcada, embora seus membros sejam pecaminosamente contaminados. Mas o próprio homem que comete o assassinato e mantém sua família é enforcado como assassino. O ofensor direto é mais responsável pelas atividades pecaminosas que o desfrutador indireto. O grande estudioso e erudito Cāṇakya Paṇḍita diz, portanto, que qualquer coisa que alguém tenha em sua posse pode ser mais bem gasta se for para a causa de sat, a Suprema Personalidade de Deus, porque ele não poderá levar suas posses consigo. Elas permanecem aqui e se perdem. Quer deixemos o dinheiro, quer o dinheiro nos deixe, de qualquer modo nos separaremos dele. A melhor forma de usar o dinheiro, enquanto ele está sob nossa propriedade, é gastá-lo para adquirir consciência de Kṛṣṇa.

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