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VERSO 3

tac-chraddhayākrānta-matiḥ
pitṛ-deva-vrataḥ pumān
gatvā cāndramasaṁ lokaṁ
soma-pāḥ punar eṣyati

tat — aos semideuses e aos antepassados; śraddhayā — com reverência; ākrānta — dominada; matiḥ — sua mente; pitṛ — aos antepassados; deva — aos semideuses; vrataḥ — seu voto; pumān — a pessoa; gatvā — tendo ido; cāndramasam — à Lua; lokam — planeta; soma-pāḥ — bebendo o suco soma; punaḥ — novamente; eṣyati — retornarão.

Esses materialistas, atraídos pelo gozo dos sentidos e devotados aos antepassados e aos semideuses, poderão elevar-se à Lua, onde beberão um extrato da planta soma. Eles novamente retornam a este planeta.

SIGNIFICADO—A Lua é considerada um dos planetas do reino celestial. É possível se promover a esse planeta executando diferentes sacrifícios recomendados na literatura védica, tais como atividades piedosas ao adorar os semideuses e os antepassados com austeridades e votos. Mas não se pode permanecer lá por muito tempo. Afirma-se que a vida na Lua dura dez mil anos, segundo o cálculo dos semideuses. O tempo dos semideuses é calculado de tal maneira que um dia (doze horas) equivale a seis meses neste planeta. Não é possível alcançar a Lua com algum veículo material, como o esputinique, mas as pessoas que se sentirem atraídas pelo gozo material poderão ir à Lua mediante atividades piedosas. Apesar da promoção à Lua, no entanto, tem-se de voltar a esta Terra novamente quando se acabam os méritos dos trabalhos executados como sacrifício. Confirma-se isso também na Bhagavad-gītā (9.21): te taṁ bhuktvā svarga-lokaṁ viśālaṁ kṣīṇe puṇye martya-lokaṁ viśanti.

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