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VERSO 43

viniścityaivam ṛṣayo
vipannasya mahīpateḥ
mamanthur ūruṁ tarasā
tatrāsīd bāhuko naraḥ

viniścitya — decidindo; evam — assim; ṛṣayaḥ — os grandes sábios; vipannasya — morto; mahī-pateḥ — do rei; mamanthuḥ — agitaram; ūrum — as coxas; tarasā — com poder específico; tatra — em consequência disso; āsīt — nasceu; bāhukaḥ — chamado Bāhuka (anão); naraḥ — uma pessoa.

Após tomarem essa decisão, as pessoas santas e sábios agitaram as coxas do corpo morto do rei Vena com muita força e segundo um método específico. Como resultado desse atrito, nasceu uma pessoa semelhante a um anão do corpo do rei Vena.

SIGNIFICADO—O fato de nascer uma pessoa do atrito das coxas do rei Vena prova que a alma espiritual é individual e distinta do corpo. Os grandes sábios e pessoas santas puderam gerar outra pessoa do corpo do falecido rei Vena, mas não lhes foi possível fazer o rei Vena ressuscitar. O rei Vena havia falecido, e decerto assumira outro corpo. Os sábios e pessoas santas só estavam interessados no corpo de Vena por esse ser o resultado da sucessão seminal na família de Mahārāja Dhruva. Consequentemente, os ingredientes com os quais outro corpo podia ser produzido encontravam-se no corpo do rei Vena. Mediante determinado processo, ao agitarem as coxas do corpo morto, surgiu outro corpo. Apesar de morto, o corpo do rei Vena fora preservado com drogas e mantras entoados pela mãe do rei Vena. Dessa maneira, os ingredientes para a produção de outro corpo encontravam-se naquele corpo. Quando o corpo da pessoa chamada Bāhuka surgiu do corpo morto do rei Vena, não foi algo realmente muito prodigioso. Era simplesmente uma questão de saber como fazê-lo. Com o sêmen de um corpo, outro corpo é produzido, e os sintomas vitais são visíveis devido ao fato de a alma alojar-se nesse corpo. Não se deve pensar que era impossível outro corpo surgir do corpo morto de Mahārāja Vena. Obteve-se isso pela ação hábil dos sábios.

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