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VERSO 20

ayaṁ bhuvo maṇḍalam odayādrer
goptaika-vīro naradeva-nāthaḥ
āsthāya jaitraṁ ratham ātta-cāpaḥ
paryasyate dakṣiṇato yathārkaḥ

ayam — este rei; bhuvaḥ — do mundo; maṇḍalam — o globo; ā-udaya-adreḥ — da montanha onde se vê o Sol aparecer primeiramente; goptā — protegerá; eka — singularmente; vīraḥ — poderoso, heroico; nara-deva — de todos os reis, deuses na sociedade humana; nāthaḥ — o senhor; āsthāya — estando situado em; jaitram — vitoriosa; ratham — sua quadriga; ātta-cāpaḥ — trazendo o arco; paryasyate — ele circungirará; dakṣiṇataḥ — a partir do lado sul; yathā — como; arkaḥ — o Sol.

Este rei, sendo singularmente poderoso e heroico, não terá rivais. Ele viajará ao redor do globo em sua vitoriosa quadriga, trazendo na mão o seu arco invencível e parecendo exatamente com o Sol, que gira em sua própria órbita a partir do sul.

SIGNIFICADO—Neste verso, a palavra yathārkaḥ indica que o Sol não está fixo, mas gira em sua órbita, a qual é estabelecida pela Suprema Personalidade de Deus. Confirma-se isso na Brahma-saṁhitā e também em outras partes do Śrīmad-Bhāgavatam. No quinto canto do Śrīmad-Bhāgavatam, afirma-se que o Sol gira em sua própria órbita à velocidade de vinte e seis mil quilômetros por segundo. Do mesmo modo, a Brahma-saṁhitā afirma que yasyājñayā bhramati sambhṛta-kāla-cakraḥ: o Sol gira em sua própria órbita de acordo com a ordem da Suprema Personalidade de Deus. A conclusão é que o Sol não está fixo em um só lugar. Quanto a Pṛthu Mahārāja, indica-se que seu poder governamental se estenderia pelo mundo inteiro. As montanhas dos Himalaias, das quais o nascer do Sol é visto em primeiro lugar, chamam-se udayācala ou udayādri. Nesta passagem, indica-se que o reino de Pṛthu Mahārāja sobre o mundo cobriria inclusive as montanhas dos Himalaias e se estenderia até os limites de todos os oceanos e mares. Em outras palavras, seu reino cobriria todo o planeta.

Outra palavra significativa neste verso é naradeva. Como se descreveu em versos anteriores, o rei qualificado – seja ele o rei Pṛthu ou qualquer outro rei que governe o estado como um rei ideal – deve ser tido como Deus sob a forma humana. Segundo a cultura védica, o rei é honrado como a Suprema Personalidade de Deus porque representa Nārāyaṇa, que também protege os cidadãos. Portanto, ele é nātha, ou o proprietário. Mesmo Sanātana Gosvāmī respeitava o Nawab Hussain Shah como um naradeva, embora o Nawab fosse muçulmano. O rei ou líder governamental deve, portanto, ser tão competente para governar o estado que os cidadãos o adorem como Deus sob a forma humana. Essa é a fase de perfeição para o líder de qualquer governo ou estado.

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