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VERSO 23

yavasaṁ jagdhy anudinaṁ
naiva dogdhy audhasaṁ payaḥ
tasyām evaṁ hi duṣṭāyāṁ
daṇḍo nātra na śasyate

yavasam — pasto verde; jagdhi — tu comes; anudinam — diariamente; na — jamais; eva — decerto; dogdhi — produzes; audhasam — no úbere; payaḥ — leite; tasyām — quando uma vaca; evam — assim; hi — decerto; duṣṭāyām — sendo ofensiva; daṇḍaḥ — punição; na — não; atra — aqui; na — não; śasyate — é aconselhável.

Embora comas pasto verde todos os dias, não estás enchendo teu úbere para podermos utilizar teu leite. Como estás propositadamente cometendo ofensas, não se pode dizer que não és passível de punição devido a teres assumido a forma de uma vaca.

SIGNIFICADO—Uma vaca come pasto verde e enche seu úbere de leite suficiente para os vaqueiros poderem ordenhá-la. Executam-se yajñas (sacrifícios) para se produzirem nuvens suficientes que derramem água sobre a terra. A palavra payaḥ pode referir-se tanto ao leite quanto à água. Sendo um dos semideuses, o planeta Terra estava recebendo seu quinhão nos yajñas, isto é, ela estava comendo pasto verde, mas não estava produzindo grãos alimentícios suficientes em troca, ou seja, ela não estava enchendo seu úbere. Portanto, Pṛthu Mahārāja tinha razão em querer puni-la por causa de sua ofensa.

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