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VERSO 16

tasmā unmāda-nāthāya
naṣṭa-śaucāya durhṛde
dattā bata mayā sādhvī
codite parameṣṭhinā

tasmai — a ele; unmāda-nāthāya — ao senhor dos fantasmas; naṣṭa-śaucāya — desprovido de toda limpeza; durhṛde — coração cheio de coisas sujas; dattā — foi dada; bata — ai de mim; mayā — por mim; sādhvī — Satī; codite — sendo solicitado; parameṣṭhinā — pelo mestre supremo (Brahmā).

A pedido do senhor Brahmā, dei a mão de minha casta filha a ele, embora ele seja desprovido de toda limpeza e seu coração esteja cheio de coisas sujas.

SIGNIFICADO—É dever dos pais dar a mão de suas filhas a pessoas adequadas que se equiparem nas tradições familiares nos quesitos de limpeza, comportamento cavalheiresco, riqueza, posição social etc. Dakṣa estava arrependido de, a pedido de seu pai Brahmā, ter dado a mão de sua filha a uma pessoa que, segundo sua avaliação, era suja. Ele estava tão irado que não reconheceu que o pedido fora feito por seu próprio pai. Em vez disso, ele se referiu a Brahmā como parameṣṭhī, o mestre supremo do universo; devido a seu temperamento grosseiramente irado, ele não estava preparado nem mesmo a aceitar Brahmā como seu pai. Em outras palavras, ele acusou inclusive Brahmā de ser menos inteligente por tê-lo aconselhado a dar a mão de sua bela filha a um sujeito tão imundo. Quando alguém se ira, ele se esquece de tudo, de modo que Dakṣa, irado, não somente acusou o grande senhor Śiva, mas também criticou seu próprio pai, o senhor Brahmā, por seu conselho não muito prudente de que ele, Dakṣa, desse a mão de sua filha ao senhor Śiva.

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