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VERSO 18

hima-nirjhara-vipruṣmat-
kusumākara-vāyunā
calat-pravāla-viṭapa-
nalinī-taṭa-sampadi

hima-nirjhara — da cascata da montanha gelada; vipruṭ-mat — carregando gotinhas d’água; kusuma-ākara — primavera; vāyunā­ — pelo ar; calat — movimentando-se; pravāla — galhos; viṭapa — árvo­res; nalinī-taṭa — às margens do lago com flores de lótus; sampadi — opulento.

Os galhos das árvores plantadas às margens do lago recebiam gotículas d’água carregadas pelo ar primaveril, provenientes das cas­catas que desciam da montanha gelada.

SIGNIFICADO––Neste verso, a palavra hima-nirjhara é particularmente significativa. A cascata representa uma espécie de humor líquido ou rasa (relação). No corpo, há diferentes espécies de humores, rasas ou doçuras. A suprema doçura (relação) se chama a doçura sexual (ādi-rasa). Quando a doçura de ādi-rasa, ou seja, o desejo sexual entra em contato com o ar primaveril movimentado pelo Cupido, ela se agita. Em outras palavras, todas essas representações são de rūpa, rasa, gandha, śabda e sparśa. O vento é sparśa, ou toque. A cascata é rasa, ou sabor. O ar primaveril (kusumākara) é o odor. Todas essas variedades de gozo fazem a vida muito agradável, e assim ficamos cativados pela existência material.

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