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VERSO 72

garbhe bālye ’py apauṣkalyād
ekādaśa-vidhaṁ tadā
liṅgaṁ na dṛśyate yūnaḥ
kuhvāṁ candramaso yathā

garbhe — no ventre; bālye — na meninice; api — também; apauṣ­kalyāt — por imaturidade; ekādaśa — os dez sentidos e a mente; vidham — sob a forma de; tadā — nesse momento; liṅgam — o corpo sutil ou o falso ego; na — não; dṛśyate — é visível; yūnaḥ — de um jovem; kuhvām — durante a noite de lua nova; candramasaḥ — a Lua; yathā­ — como.

Na juventude, todos os dez sentidos e a mente são inteiramente visíveis. Contudo, no ventre materno ou na meninice, os órgãos dos sentidos e a mente permanecem cobertos, assim como a lua cheia é coberta pela escuridão da noite de lua nova.

SIGNIFICADO—Quando a entidade viva está dentro do ventre, seu corpo grossei­ro, os dez órgãos dos sentidos e a mente não estão inteiramente desenvolvidos. Nessa fase, os objetos dos sentidos não a perturbam. Ao sonhar, pode ser que um jovem experimente a presença de uma mocinha porque, nessa fase, os sentidos estão ativos. Por ainda não ter sentidos desenvolvidos, uma criança ou um menino não verá mocinhas em seus sonhos. Os sentidos ficam ativos na juven­tude, mesmo durante sonhos, e, mesmo que não haja uma jovem presente, os sentidos poderão agir e poderá ocorrer ejaculação semi­nal (polução noturna). As atividades dos corpos grosseiro e sutil dependem de quão desenvolvidas estão as condições. O exemplo da Lua é muito apropriado. Em uma noite de lua nova, o brilho da lua cheia ainda está presente, mas parece estar ausente devido às condições. Do mesmo modo, os sentidos da entidade viva estão sempre presentes, mas só se tornam ativos quando o corpo gros­seiro e o corpo sutil se desenvolvem. A não ser que os sentidos do corpo grosseiro estejam desenvolvidos, eles não agirão no corpo sutil. De forma semelhante, devido à ausência de desejos no corpo sutil, pode ser que não haja desenvolvimento no corpo grosseiro.

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