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VERSO 21

na bhajati kumanīṣiṇāṁ sa ijyāṁ
harir adhanātma-dhana-priyo rasa-jñaḥ
śruta-dhana-kula-karmaṇāṁ madair ye
vidadhati pāpam akiñcaneṣu satsu

na — jamais; bhajati — aceita; ku-manīṣiṇām — de pessoas com o coração sujo; saḥ — Ele; ijyām — oferecendo; hariḥ — o Senhor Supremo; adhana — por aqueles que não têm posses materiais; ātma-­dhana — simplesmente dependente do Senhor; priyaḥ — que é queri­do; rasa-jñaḥ — que aceita a essência da vida; śruta — educação; dhana — riqueza; kula — aristocracia; karmaṇām — e de atividades fruitivas; madaiḥ — por orgulho; ye — todos aqueles que; vidadhati­ — executam; pāpam — desgraça; akiñcaneṣu — sem posses materiais; satsu — aos devotos.

A Suprema Personalidade de Deus torna-Se muito querida por aqueles devotos que não têm posses materiais, mas estão plenamente felizes de possuir o serviço devocional ao Senhor. De fato, o Senhor saboreia as atividades devocionais de semelhantes devotos. Aqueles que se vangloriam de sua educação material, riqueza, aristocracia e atividades fruitivas têm muito orgulho de possuir coisas materiais, e muitas vezes zombam dos devotos. Mesmo que semelhantes pessoas ofereçam adoração ao Senhor, o Senhor jamais a aceita.

SIGNIFICADO—A Suprema Personalidade de Deus é dependente de Seus devotos puros. Ele nem mesmo aceita as oferendas daqueles que não são devotos. Devoto puro é aquele que sente não possuir nada material. O devoto está sempre feliz de possuir o serviço devocional ao Senhor. Às vezes, pode parecer que os devotos são materialmente pobres, mas, por serem avançados e ricos espiritualmente, eles são os mais queridos da Suprema Personalidade de Deus. Semelhantes devotos estão livres do apego a família, sociedade, amizade, filhos e assim por diante. Eles abandonam a afeição por todas essas posses materiais e vivem felizes em razão de possuírem o refúgio dos pés de lótus do Senhor. A Suprema Personalidade de Deus entende a posição de Seu devoto. Se uma pessoa zomba de um devoto puro, ela nunca é reconhecida pela Suprema Personalidade de Deus. Em outras palavras, o Senhor Supremo nunca perdoa uma pessoa que ofende um devoto puro. Há muitos exemplos disso na história. Um grande yogī místico, Durvāsā Muni, ofendeu o grande devoto Ambarīṣa Mahārāja. O grande sábio Durvāsā esteve para ser casti­gado pelo cakra Sudarśana do Senhor. Muito embora o grande místico se aproximasse diretamente da Suprema Personalidade de Deus, ele não foi perdoado de modo algum. Aqueles que trilham o caminho da liberação devem tomar muito cuidado para não ofender um devoto puro.

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