VERSO 3
tad-darśanenāgata-sādhvasaḥ kṣitāv
avandatāṅgaṁ vinamayya daṇḍavat
dṛgbhyāṁ prapaśyan prapibann ivārbhakaś
cumbann ivāsyena bhujair ivāśliṣan
tat-darśanena — após ver o Senhor; āgata-sādhvasaḥ — Dhruva Mahārāja, estando muitíssimo confuso; kṣitau — no solo; avandata — ofereceu reverências; aṅgam — seu corpo; vinamayya — prostrando-se; daṇḍavat — tal qual uma vara; dṛgbhyām — com os olhos; prapaśyan — olhando para; prapiban — bebendo; iva — como; arbhakaḥ — o menino; cumban — beijando; iva — como; āsyena — com a boca; bhujaiḥ — com os braços; iva — como; āśliṣan — abraçando.
Quando Dhruva Mahārāja viu seu Senhor bem na sua frente, ficou muitíssimo confuso e ofereceu-Lhe reverências e respeito. Ele caiu esticado perante o Senhor como uma vara e se absorveu em amor a Deus. Dhruva Mahārāja, em êxtase, olhou para o Senhor como se estivesse bebendo o Senhor com os olhos, beijando os pés de lótus do Senhor com a boca e abraçando o Senhor com os braços.
SIGNIFICADO—É natural que, ao ver pessoalmente a Suprema Personalidade de Deus face a face, Dhruva Mahārāja tenha ficado muito confuso, cheio de reverência e respeito. Parecia que ele estava bebendo todo o corpo do Senhor com os olhos. O amor do devoto pela Suprema Personalidade de Deus é tão intenso que ele deseja beijar os pés de lótus do Senhor constantemente, e quer tocar as pontas dos dedos dos pés do Senhor e abraçar constantemente Seus pés de lótus. Todos esses aspectos da expressão corporal de Dhruva Mahārāja indicam que, ao ver o Senhor face a face, ele desenvolveu as oito classes de êxtase transcendental em seu corpo.