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VERSO 41

bhaumaṁ divyaṁ mānuṣaṁ ca
mahitvaṁ karma-yogajam
yaś cakre nirayaupamyaṁ
puruṣānujana-priyaḥ

bhaumam — dos planetas inferiores; divyam — celestiais; mānu­ṣam — dos seres humanos; ca — também; mahitvam — todas as opulên­cias; karma — pelas atividades fruitivas; yoga — pelo poder místico; jam — nascido; yaḥ — aquele que; cakre — fez; niraya — com inferno; aupamyam — comparação ou igualdade; puruṣa — da Suprema Personalidade de Deus; anujana — ao devoto; priyaḥ — muito querido.

“Como grande seguidor e devoto do sábio Nārada, Mahārāja Priyavrata considerava infernais as opulências que obtivera devido às atividades fruitivas e ao poder místico, quer nos sistemas planetá­rios inferiores, quer nos celestiais, quer na sociedade humana.”

SIGNIFICADO—Śrīla Rūpa Gosvāmī diz que a posição do devoto é tão estupenda que, para ele, nenhuma opulência material é digna de ser possuída. Existem diferentes classes de opulências na Terra, nos planetas celestiais e mesmo no sistema planetário inferior, conhecido como Pātāla. O devoto, entretanto, sabe que todas elas são materiais, em consequência do que não está de modo algum interessado nelas. Como afirma a Bhagavad-gītā, paraṁ dṛṣṭvā nivartate. Às vezes, os yogīs e os jñānīs abandonam voluntariamente todas as opulências materiais para praticar seu sistema de liberação e saborear a bem-aventurança espiritual. Contudo, é comum eles caírem porque a renúncia artificial às opulências materiais não pode perdurar. É necessário que sintamos o gosto superior da vida espiritual; só assim poderemos abandonar a opulência material. Como Mahārāja Priyavrata já saboreara a bem-aventurança espiritual, ele não tinha interesse em quaisquer recursos materiais disponíveis nos sistemas planetários inferior, superior ou intermediário.

Neste ponto, encerram-se os Significados Bhaktivedanta do quinto canto, primeiro capítulo, do Śrīmad-Bhāgavatam, intitulado “As Atividades de Mahārāja Priyavrata”.

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