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VERSO 17

nāhaṁ viśaṅke sura-rāja-vajrān
na tryakṣa-śūlān na yamasya daṇḍāt
nāgny-arka-somānila-vittapāstrāc
chaṅke bhṛśaṁ brahma-kulāvamānāt

na — não; aham — eu; viśaṅke — tenho medo; sura-rāja-vajrāt — do raio de Indra, o rei dos céus; na — nem; tryakṣa-śūlāt — do tridente despedaçador do senhor Śiva; na — nem; yamasya — de Yamarāja, o superintendente da morte; daṇḍāt — da punição; na — nem; agni — do fogo; arka — do calor escaldante do Sol; soma — da Lua; anila — do vento; vitta-pa — do proprietário de riquezas, Kuvera, o tesoureiro dos planetas celestiais; astrāt — das armas; śaṅke — tenho medo; bhṛśam — muito; brahma-kula — o grupo dos brāhmaṇas; avamānāt — de ofender.

Meu querido senhor, não tenho medo algum do raio do rei Indra, tampouco me assusta o tridente serpentino e despedaçador do senhor Śiva. Não me importo com a punição de Yamarāja, o superintendente da morte, nem tenho medo do fogo, do Sol escaldante, da Lua, do vento ou das armas de Kuvera. Todavia, temo ofender um brāhmaṇa. Isso me causa imenso temor.

SIGNIFICADO—Quando Śrī Caitanya Mahāprabhu estava instruindo Rūpa Gosvāmī no Daśāśvamedha-ghāṭa, em Prayāga, Ele assinalou com muita clareza a gravidade da ofensa a um vaiṣṇava. Ele comparou o vaiṣṇava-aparādha a hātī mātā, um elefante louco. Ao entrar em um jardim, um elefante louco destrói todas as frutas e flores. Do mesmo modo, quem ofende um vaiṣṇava destrói todas as suas riquezas espirituais. Ofender um brāhmaṇa é algo muito perigoso, e Mahārāja Rahūgaṇa sabia disso. Portanto, ele não hesitou em reconhecer o seu erro. Existem muitas coisas perigosas – raios, fogo, a punição de Yamarāja, o castigo do tridente do senhor Śiva e assim por diante –, mas nenhuma é considerada tão séria como ofender um brāhmaṇa do quilate de Jaḍa Bharata. Portanto, apenas para ser perdoado, Mahārāja Rahūgaṇa imediatamente desceu do palanquim e caiu diante dos pés de lótus do brāhmaṇa Jaḍa Bharata com seu corpo esticado como uma vara.

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