VERSO 16
na yāvad etan mana ātma-liṅgaṁ
saṁsāra-tāpāvapanaṁ janasya
yac choka-mohāmaya-rāga-lobha-
vairānubandhaṁ mamatāṁ vidhatte
na — não; yāvat — enquanto; etat — isto; manaḥ — mente; ātma-liṅgam — existindo como designação falsa da alma; saṁsāra-tāpa — dos sofrimentos deste mundo material; āvapanam — o terreno fértil; janasya — do ser vivo; yat — a qual; śoka — de lamentação; moha — de ilusão; āmaya — de doença; rāga — de apego; lobha — de cobiça; vaira — de inimizade; anubandham — a consequência; mamatām — o sentido de posse; vidhatte — concede.
A caracterização da alma, a saber, a mente, é a causa de todas as tribulações no mundo material. Enquanto persistir em ignorar esse fato, a entidade viva condicionada terá de aceitar a condição dolorosa de ter um corpo material e, em diferentes status, ficará vagando dentro deste universo. Como se deixa afetar pela doença, lamentação, ilusão, apego, cobiça e inimizade, a mente cria o cativeiro e uma falsa sensação de intimidade dentro deste mundo material.
SIGNIFICADO—A mente é a causa tanto do cativeiro quanto da liberação materiais. A mente impura pensa: “Eu sou este corpo.” A mente pura sabe que não é o corpo material; portanto, a mente é considerada a raiz de todas as designações materiais. Até que a entidade viva se afaste da associação e das contaminações deste mundo material, a mente se absorverá em coisas materiais, tais como: nascimento, morte, doença, ilusão, apego, cobiça e inimizade. Dessa maneira, a entidade viva fica condicionada e experimenta os sofrimentos materiais.