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VERSO 16

prasajjati kvāpi latā-bhujāśrayas
tad-āśrayāvyakta-pada-dvija-spṛhaḥ
kvacit kadācid dhari-cakratas trasan
sakhyaṁ vidhatte baka-kaṅka-gṛdhraiḥ

prasajjati — fica cada vez mais apegada; kvāpi — às vezes; latā-bhuja-āśrayaḥ — que se refugia nos braços suaves de sua bela esposa, que são como trepadeiras; tat-āśraya — que se abrigam nessas trepadeiras; avyakta-pada — que cantam canções vagas; dvija-spṛhaḥ — desejando ouvir os pássaros; kvacit — às vezes; kadācit — em alguma parte; hari-cakrataḥ trasan — temendo o rugido do leão; sakhyam — amizade; vidhatte — faz; baka-kaṅka-gṛdhraiḥ — com grous, garças e abutres.

Às vezes, a entidade viva na floresta da existência material busca refúgio nas trepadeiras, onde deseja ouvir os pássaros chilreantes. Temendo os leões rugientes na floresta, faz amizade com grous, garças e abutres.

SIGNIFICADO—Na floresta do mundo material, existem muitos pássaros, bestas, árvores e trepadeiras. Algumas vezes, a entidade viva quer refugiar-se nas trepadeiras; em outras palavras, ela deseja ser feliz sendo apertada nos braços de sua esposa, parecidos com trepadeiras. Dentro das trepadeiras, há muitos pássaros chilreantes, o que indica que ela deseja satisfazer-se ouvindo a doce voz de sua esposa. Na velhice, contudo, ela às vezes teme a morte iminente, que se compara a um leão a rugir. Para se livrar do ataque do leão, ela se refugia em falsos svāmīs, pseudo-yogīs, falsas encarnações, impostores e trapaceiros. Desencaminhada pela energia ilusória dessa maneira, ela traz ruína para sua vida. Declara-se que hariṁ vinā mṛtiṁ na taranti: sem se refugiar na Suprema Personalidade de Deus, ninguém pode salvar-se do iminente perigo da morte. A palavra hari se refere a leão, bem como ao Senhor Supremo. A fim de se livrar das mãos de Hari, o leão da morte, a pessoa deve refugiar-se no Hari Supremo, a Suprema Personalidade de Deus. Aqueles que têm um pobre fundo de conhecimento tentam salvar-se das garras da morte refugiando-se em não-devotos enganadores e impostores. Na floresta do mundo material, antes de tudo, a entidade viva quer ser muito feliz refugiando-se nos braços de sua esposa, parecidos com trepadeiras, e ouvindo-lhe a doce voz. Mais tarde, às vezes, refugia-se em pretensos gurus e sādhus que são como grous, garças e abutres. Portanto, como não se refugia no Senhor Supremo, deixa-se enganar de ambas as maneiras.

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