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VERSO 16

na tvāṁ tyajāmi dayitaṁ dvija-deva-dattaṁ
yasmin mano dṛg api no na viyāti lagnam
māṁ cāru-śṛṅgy arhasi netum anuvrataṁ te
cittaṁ yataḥ pratisarantu śivāḥ sacivyaḥ

na — não; tvām — a ti; tyajāmi — hei de abandonar; dayitam — muito querida; dvija-deva — pelo senhor Brahmā, o semideus adorado pelos brāhmaṇas; dattam — dada; yasmin — a quem; manaḥ — mente; dṛk — olhos; api — também; naḥ — meus; na viyāti — não se afastam; lagnam — profundamente apegados; mām — a mim; cāru-śṛṅgi — ó mulher de seios belos e rijos; arhasi — deves; netum — liderar; anuvra­tam — seguidor; te — teu; cittam — desejo; yataḥ — onde quer que; pratisarantu — sigam; śivāḥ — favoráveis; sacivyaḥ — amigas.

O senhor Brahmā, que é adorado pelos brāhmaṇas, foi muito misericordioso em me dar a tua pessoa, e foi por isso que eu te encontrei. Não quero abandonar tua companhia, pois minha mente e meus olhos estão fixos em ti, não sendo possível que eu os recolha. Ó mulher de seios belos e rijos, sou teu seguidor. Podes levar-me para onde quiseres, e tuas amigas também podem seguir-me.

SIGNIFICADO—Agora, Āgnīdhra admite francamente a sua fraqueza. Ele se sentiu­ atraído por Pūrvacitti e, portanto, antes que ela dissesse: “Eu não tenho qualquer ligação com você”, ele expressou seu desejo de unir-se a ela. Ta­manha era a atração que sentia por ela que já estava disposto a ir a qualquer parte, ao céu ou ao inferno, em sua companhia. Quem se absorve na luxúria e se submete à influência do sexo, entrega-se sem reservas aos pés de uma mulher. A esse respeito, Śrīla Madhvācārya enfatiza que, quando uma pessoa se põe a gracejar e a falar loucuras, essa pessoa pode dizer muita coisa, mas suas palavras carecerão de qualquer sentido profundo.

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