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VERSO 17

śrī-śuka uvāca
iti lalanānunayāti-viśārado grāmya-vaidagdhyayā paribhāṣayā tāṁ vibudha-vadhūṁ vibudha-matir adhisabhājayām āsa.

śrī-śukaḥ uvāca — Śukadeva Gosvāmī disse; iti — assim; lalanā­ — mulheres; anunaya — em conquistar; ati-viśāradaḥ — muito hábil; grāmya-vaidagdhyayā — perito em satisfazer os desejos materiais de alguém; paribhāṣayā — com belas palavras; tām — a ela; vibudha-­vadhūm — a mocinha celestial; vibudha-matiḥ — Āgnīdhra, cuja inteligência se equiparava à inteligência dos semideuses; adhisabhājayām āsa — obteve o favor de.

Śukadeva Gosvāmī prosseguiu: Mahārāja Āgnīdhra, cuja inteligência se equiparava à inteligência de um semideus, conhecia a arte de lisonjear as mulheres com o objetivo de conquistá-las. Portanto, com suas palavras luxuriosas, ele satisfez aquela mocinha celestial, obtendo, assim, o seu favor.

SIGNIFICADO—Como era um devoto, o rei Āgnīdhra, na verdade, não sentia atração pelo gozo material, mas já que desejava casar-se e ter filhos, e já que o senhor Brahmā enviara Pūrvacitti com esse propósito, ele a satisfez habilmente com palavras lisonjeiras. As mulheres sentem-se atraí­das pela bajulação de um homem. Um homem perito nessa arte de lisonjear é chamado de vidagdha.

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