VERSOS 8-9
tatratyānāṁ divasa-madhyaṅgata eva sadādityas tapati savyenācalaṁ dakṣiṇena karoti; yatrodeti tasya ha samāna-sūtra-nipāte nimlocati yatra kvacana syandenābhitapati tasya haiṣa samāna-sūtra-nipāte prasvāpayati tatra gataṁ na paśyanti ye taṁ samanupaśyeran.
tatratyānām — para as entidades vivas que residem no monte Meru; divasa-madhyaṅgataḥ — estando posicionado como durante o meio-dia; eva — na verdade; sadā — sempre; ādityaḥ — o Sol; tapati — aquece; savyena — à esquerda; acalam — montanha Sumeru; dakṣiṇena — à direita (sendo impelido pelo vento que sopra para a direita, o Sol se move para a direita); karoti — move-se; yatra — o ponto onde; udeti — ele se levanta; tasya — dessa posição; ha — decerto; samāna-sūtra-nipāte — no ponto diametralmente oposto; nimlocati — o Sol se põe; yatra — onde; kvacana — em alguma parte; syandena — com a transpiração; abhitapati — aquece (ao meio-dia); tasya — desta; ha — com certeza; eṣaḥ — este (o Sol); samāna-sūtra-nipāte — no ponto diametralmente oposto; prasvāpayati — o Sol faz dormir (como se fosse meia-noite); tatra — ali; gatam — tendo ido; na paśyanti — não veem; ye — quem; tam — o pôr do sol; samanupaśyeran — vendo.
As entidades vivas que residem na montanha Sumeru sempre estão quentes, como acontece ao meio-dia, pois, para elas, o Sol sempre está a pino. Embora o Sol se mova no sentido anti-horário, de frente para as constelações e com a montanha Sumeru à sua esquerda, ele também se move no sentido horário e parece ter a montanha à sua direita porque é influenciado pelo vento dakṣiṇāvarta. As pessoas que vivem nas regiões localizadas em pontos diametralmente opostos ao local onde se detecta o nascer do Sol, verão o Sol se pondo, e caso se traçasse uma linha reta de um ponto onde o Sol está ao meio-dia, as pessoas nas regiões situadas no lado oposto da linha estariam em plena meia-noite. Igualmente, se as pessoas que residem onde o Sol se põe fossem visitar regiões localizadas diametralmente opostas, não veriam o Sol nas mesmas condições.