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VERSO 11

ye tv iha yathaivāmunā vihiṁsitā jantavaḥ paratra yama-yātanām upagataṁ ta eva ruravo bhūtvā tathā tam eva vihiṁsanti tasmād rauravam ity āhū rurur iti sarpād ati-krūra-sattvasyāpadeśaḥ.

ye — aquelas que; tu — mas; iha — nesta vida; yathā — tanto quanto; eva — decerto; amunā — por ele; vihiṁsitāḥ — que foram maltratadas; jantavaḥ — as entidades vivas; paratra — na próxima vida; yama-yātanām upagatam — estando sujeito a condições dolorosas a ele impostas por Yamarāja; te — aquelas entidades vivas; eva — na verdade; ruravaḥ — rurus (uma espécie de animal invejoso); bhūtvā — tornando-se; tathā — esse mesmo tanto; tam — a ele; eva — com certeza; vihiṁsanti — maltratam; tasmāt — devido a isso; rauravam — Raurava; iti — assim; āhuḥ — os sábios eruditos dizem; ruruḥ — o animal conhecido como ruru; iti — assim; sarpāt — do que a serpente; ati-krūra — muito mais cruel e invejoso; sattvasya — da entidade; apadeśaḥ — o nome.

Nesta vida, a pessoa invejosa comete atos violentos contra muitas entidades vivas. Portanto, após sua morte, ao ser levada ao inferno por Yamarāja, aquelas entidades vivas que foram maltratadas por ela aparecem como animais chamados rurus para lhe infligir severos tormentos. Os sábios eruditos chamam esse inferno de Raurava. Difícil de se ver neste mundo, o ruru é mais invejoso do que uma serpente.

SIGNIFICADO—De acordo com Śrīdhara Svāmī, o ruru também é conhecido como bhāra-śṛṅga (ati-krūrasya bhāra-śṛṅgākhya-sattvasya apadeśaḥ saṁjñā). Śrīla Jīva Gosvāmī confirma isso em seu Sandarbha: ruru-śabdasya svayaṁ muninaiva ṭīkā-vidhānāl lokeṣv aprasiddha evāyaṁ jantu-viśeṣaḥ. Assim, embora os rurus não sejam vistos neste mundo, os śāstras confirmam sua existência.

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