VERSO 7
brahmaṇyo ’nyaḥ kuto nābher
viprā maṅgala-pūjitāḥ
yasya barhiṣi yajñeśaṁ
darśayām āsur ojasā
brahmaṇyaḥ — um devoto dos brāhmaṇas; anyaḥ — outrem; kutaḥ — onde está; nābheḥ — além de Mahārāja Nābhi; viprāḥ — os brāhmaṇas; maṅgala-pūjitāḥ — adorados e tratados com primor; yasya — cuja; barhiṣi — na arena de sacrifício; yajña-īśam — a Suprema Personalidade de Deus, o desfrutador de todas as cerimônias sacrificatórias; darśayām āsuḥ — mostraram; ojasā — através de seus poderes bramânicos.
[A segunda oração é esta.] “Quem é um adorador dos brāhmaṇas mais perfeito do que Mahārāja Nābhi? Porque ele adorou os brāhmaṇas qualificados agradando-os por completo, os brāhmaṇas, através de seus poderes bramânicos, mostraram a Mahārāja Nābhi a Suprema Personalidade de Deus, Nārāyaṇa em pessoa.”
SIGNIFICADO—Os brāhmaṇas ocupados como sacerdotes na cerimônia de sacrifício não eram brāhmaṇas comuns. Eles eram tão poderosos que, mediante suas orações, podiam convocar a Suprema Personalidade de Deus. Assim, Mahārāja Nābhi foi capaz de ver o Senhor face a face. Só o vaiṣṇava pode convocar a Suprema Personalidade de Deus. O Senhor só aceita o convite do vaiṣṇava. Portanto, o Padma Purāṇa afirma:
ṣaṭ-karma-nipuṇo vipro
mantra-tantra-viśāradaḥ
avaiṣṇavo gurur na syād
vaiṣṇavaḥ śva-paco guruḥ
“O brāhmaṇa douto, perito em todos os temas do conhecimento védico, não é qualificado para se tornar um mestre espiritual caso não seja um vaiṣṇava, mas a pessoa nascida em família de casta inferior pode tornar-se mestre espiritual se for um vaiṣṇava.” Esses brāhmaṇas decerto eram muito hábeis em cantar os mantras védicos. Eles eram competentes na realização de rituais védicos e, acima de tudo, eram vaiṣṇavas. Portanto, através de seus poderes espirituais, eles podiam convocar a Suprema Personalidade de Deus e propiciar a seu discípulo, Mahārāja Nābhi, ver o Senhor face a face. Śrīla Viśvanātha Cakravartī Ṭhākura comenta que a palavra ojasā significa “em virtude do serviço devocional”.