VERSO 15
ko nv asya kāṣṭhām aparo ’nugacchen
mano-rathenāpy abhavasya yogī
yo yoga-māyāḥ spṛhayaty udastā
hy asattayā yena kṛta-prayatnāḥ
kaḥ — quem; nu — na verdade; asya — do Senhor Ṛṣabhadeva; kāṣṭhām — o exemplo; aparaḥ — mais; anugacchet — pode seguir; manaḥ-rathena — por intermédio da mente; api — mesmo; abhavasya — do não-nascido; yogī — o místico; yaḥ — quem; yoga-māyāḥ — as perfeições místicas do yoga; spṛhayati — deseja; udastāḥ — rejeitadas por Ṛṣabhadeva; hi — decerto; asattayā — pela qualidade de ser inconsistente; yena — por quem, Ṛṣabhadeva; kṛta-prayatnāḥ — embora ansioso por servir.
“Quem é o yogī místico que, mesmo com sua mente, pode seguir os exemplos do Senhor Ṛṣabhadeva? O Senhor Ṛṣabhadeva rejeitou toda espécie de perfeições ióguicas, as quais outros yogīs anseiam por alcançar. Quem é o yogī que pode se comparar ao Senhor Ṛṣabhadeva?”
SIGNIFICADO—De um modo geral, os yogīs desejam as perfeições ióguicas de aṇimā, laghimā, mahimā, prākāmya, prāpti, īśitva, vaśitva e kāmāvasāyitā. O Senhor Ṛṣabhadeva, entretanto, nunca aspirou a nenhuma dessas coisas materiais. Esses siddhis (perfeições) são presenteados pela energia ilusória do Senhor. O verdadeiro propósito do sistema de yoga consiste em a pessoa alcançar o privilégio e o refúgio dos pés de lótus da Suprema Personalidade de Deus, mas esse propósito é coberto pela energia ilusória de yoga-māyā. Os ditos yogīs, portanto, deixam-se encantar pelas perfeições materiais superficiais de aṇimā, laghimā, prāpti e assim por diante. Em consequência disso, os yogīs comuns não podem se comparar ao Senhor Ṛṣabhadeva, a Suprema Personalidade de Deus.