VERSO 8
evaṁ varṣāyuta-sahasra-paryantāvasita-karma-nirvāṇāvasaro ’dhibhujyamānaṁ sva-tanayebhyo rikthaṁ pitṛ-paitāmahaṁ yathā-dāyaṁ vibhajya svayaṁ sakala-sampan-niketāt sva-niketāt pulahāśramaṁ pravavrāja.
evam — estando assim sempre ocupado; varṣa-ayuta-sahasra — mil vezes dez mil anos; paryanta — até então; avasita-karma-nirvāṇa-avasaraḥ — Mahārāja Bharata, que percebeu o momento do fim de sua opulência real; adhibhujyamānam — sendo dessa maneira desfrutada ao longo desse período; sva-tanayebhyaḥ — a seus próprios filhos; riktham — a riqueza; pitṛ-paitāmaham — que recebeu de seu pai e antepassados; yathā-dāyam — de acordo com as leis dāya-bhāk de Manu; vibhajya — dividindo; svayam — pessoalmente; sakala-sampat — de todas as espécies de opulências; niketāt — a morada; sva-niketāt — de sua casa paterna; pulaha-āśramam pravavrāja — ele foi ao āśrama de Pulaha em Hardwar (onde se obtêm as śālagrāma-śilās).
O destino fixou em mil vezes dez mil anos o período em que Bharata Mahārāja gozaria de opulência material. Terminado esse prazo, ele se retirou da vida familiar e dividiu entre seus filhos a riqueza que recebera de seus antepassados. Ele deixou sua casa paterna, a fonte de toda a opulência, e partiu em direção a Pulahāśrama, que se localiza em Hardwar, onde se obtêm as śālagrāma-śilās.
SIGNIFICADO—De acordo com a lei de dāya-bhāk, ao herdar um patrimônio, a pessoa deve transferi-lo à próxima geração. Bharata Mahārāja fez isso devidamente. Primeiro, durante mil vezes dez mil anos, ele desfrutou de sua propriedade paterna. Ao chegar a hora de se retirar da vida familiar, dividiu essa propriedade entre seus filhos e partiu para Pulaha-āśrama.