VERSO 12
kuśa-kusuma-samit-palāśa-phala-mūlodakāny āhariṣyamāṇo vṛkasālā-vṛkādibhyo bhayam āśaṁsamāno yadā saha hariṇa-kuṇakena vanaṁ samāviśati.
kuśa — um tipo de grama usada em cerimônias ritualísticas; kusuma — flores; samit — lenha para queimar; palāśa — folhas; phala-mūla — frutas e raízes; udakāni — e água; āhariṣyamānaḥ — desejando juntar; vṛkasālā-vṛka — dos lobos e cães; ādibhyaḥ — e de outros animais, tais como os tigres; bhayam — medo; āśaṁsamānaḥ — duvidando; yadā — quando; saha — com; hariṇa-kuṇakena — o filhote de veado; vanam — na floresta; samāviśati — entra.
Quando desejava entrar na floresta para colher grama kuśa, flores, lenha, folhas, frutas, raízes e pegar água, Mahārāja Bharata temia que os cães, chacais, tigres e outros animais ferozes pudessem matar o veadinho. Portanto, ao entrar na floresta, ele sempre levava consigo o animal.
SIGNIFICADO—Nesta passagem, descreve-se como cresceu a afeição de Mahārāja Bharata pelo veado. Em decorrência de sua afeição por esse animal, mesmo uma personalidade tão elevada como Bharata Mahārāja, que alcançara afeição amorosa pela Suprema Personalidade de Deus, caiu de sua posição. Em consequência disso, como veremos em sua próxima vida, ele teve que aceitar um corpo de veado. Como isso ocorreu com Bharata Mahārāja, o que podemos dizer daqueles que não são avançados em vida espiritual, mas que ficam apegados a cães e gatos? Devido a essa afeição por seus cães e gatos, terão que aceitar essas mesmas formas corpóreas na próxima vida, a menos que realmente intensifiquem sua afeição e seu amor pela Suprema Personalidade de Deus. Enquanto não aumentarmos nossa fé no Senhor Supremo, nós nos deixaremos atrair por muitas outras coisas. Essa é a causa do nosso cativeiro material.