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VERSO 16

api bata sa vai kṛpaṇa eṇa-bālako mṛta-hariṇī-suto ’ho mamānāryasya śaṭha-kirāta-mater akṛta-sukṛtasya kṛta-visrambha ātma-pratyayena tad avigaṇayan sujana ivāgamiṣyati.

api — na verdade; bata — ai de mim; sa — este filhote; vai — com certeza; kṛpaṇaḥ — pesaroso; eṇa-bālakaḥ — o veadinho; mṛta-hariṇī-sutaḥ — o filhote da veada morta; aho — oh!; mama — de mim; anāryasya — o mais malcomportado; śaṭha — de um enganador; kirāta — ou de um aborígene incivilizado; mateḥ — cuja mente é assim; akṛta-sukṛtasya — que não tem atividades piedosas; kṛta-visrambhaḥ — depositando toda a fé; ātma-pratyayena — tendo-me como igual a ele próprio; tat avigaṇayan— sem pensar em todas essas coisas; su janaḥ iva — como um perfeito cavalheiro; agamiṣyati — será que ele voltará.

Bharata Mahārāja pensava: Ai de mim, agora o veadinho está desamparado. Agora me encontro muito desafortunado, e minha mente é como um caçador astuto, pois ela sempre está repleta de propensões fraudulentas e cruéis. Assim como um homem de boa índole e com interesse natural pelo bom comportamento esquece o mau comportamento de um amigo astuto e deposita sua fé nele, o veadinho depositou sua fé em mim. Embora eu tenha demonstrado ser infiel, será que esse veadinho regressará e depositará sua fé em mim?

SIGNIFICADO—Bharata Mahārāja era muito nobre e ilustre, de maneira que, quando o veadinho estava ausente, ele se julgava indigno de lhe oferecer proteção. Devido ao seu apego ao animal, ele pensava que o animal era tão nobre e eminente como ele próprio o era. De acordo com a lógica de ātmavan manyate jagat, todos julgam os outros de acordo com sua própria posição. Por conseguinte, Mahārāja Bharata achava que o veadinho o deixara devido à sua negligência e que, como tinha um coração nobre, o animal voltaria.

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