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VERSO 17

api kṣemeṇāsminn āśramopavane śaṣpāṇi carantaṁ deva-guptaṁ drakṣyāmi.

api — pode ser; kṣemeṇa — com destemor devido à ausência de tigres e outros animais; asmin — neste; āśrama-upavane — jardim do eremitério; śaṣpāṇi carantam — caminhando e comendo a grama macia; deva-guptam — sendo protegido pelos semideuses; drakṣyāmi — será que verei.

Ai de mim, conseguirei rever esse animal protegido pelo Senhor e livre do medo de tigres e outros animais? Será que o verei novamente passeando pelo jardim e comendo a grama macia?

SIGNIFICADO—Mahārāja Bharata pensava que o animal não mais confiava em sua proteção e trocara a mesma pela proteção de um semideus. Apesar disso, ele desejava ardentemente voltar a ver o animal dentro de seu āśrama, comendo a grama macia e não sentindo medo de tigres e outros animais. Mahārāja Bharata somente conseguia pensar no veadinho e em como o animal poderia ser protegido de toda espécie de coisas inauspiciosas. Do ponto de vista materialista, semelhantes pensamentos gentis podem ser louváveis, mas, do ponto de vista espiritual, o rei estava, na verdade, caindo de sua elevada posição espiritual e desnecessariamente se apegando a um animal. Degradando-se dessa maneira, ele teria de aceitar um corpo animal.

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