VERSO 25
kiṁ vātmaja-viśleṣa-jvara-dava-dahana-śikhābhir upatapyamāna-hṛdaya-sthala-nalinīkaṁ mām upasṛta-mṛgī-tanayaṁ śiśira-śāntānurāga-guṇita-nija-vadana-salilāmṛtamaya-gabhastibhiḥ svadhayatīti ca.
kim vā — ou pode ser; ātma-ja — do filho; viśleṣa — devido à separação; jvara — o calor; dava-dahana — do incêndio da floresta; śikhābhiḥ — pelas chamas; upatapyamāna — sendo queimado; hṛdaya — o coração; sthala-nalinīkam — comparado com uma flor de lótus vermelha; mām — a mim; upasṛta-mṛgī-tanayam — a quem o filho da veada era tão submisso; śiśira-śānta — que é tão pacífica e refrescante; anurāga — por amor; guṇita — fluindo; nija-vadana-salila — a água de sua boca; amṛta-maya — tão boa como néctar; gabhastibhiḥ — pelos raios da Lua; svadhayati — está me dando prazer; iti — assim; ca — e.
Após perceber o luar, Mahārāja Bharata prosseguiu falando como alguém fora de si. Ele disse: O filho da veada me era tão submisso e querido que, devido a estarmos distantes, estou sentindo saudades de meu próprio filho. Em virtude da febre incandescente dessa separação, estou sofrendo como se tivesse sido queimado por um incêndio florestal. Meu coração, que é como o lírio dos prados, agora está ardendo. Vendo-me tão aflito, não tenho dúvidas de que a Lua está derramando seu néctar brilhante sobre mim, assim como um amigo despeja água em outro amigo que tem febre alta. Dessa maneira, a Lua está me trazendo felicidade.
SIGNIFICADO—De acordo com o tratamento aiurvédico, afirma-se que, se alguém tem febre alta, deve-se borrifar essa pessoa com água após gargarejar. Dessa maneira, a febre cede. Embora estivesse muito temeroso devido à separação de seu assim chamado filho, o veadinho, Bharata Mahārāja pensava que a Lua estava borrifando-o com água gargarejada para combater a febre alta que ardia em seu corpo pela saudade do veadinho.