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VERSO 42

sūryo ’gniḥ khaṁ marud devaḥ
somaḥ sandhyāhanī diśaḥ
kaṁ kuḥ svayaṁ dharma iti
hy ete daihyasya sākṣiṇaḥ

sūryaḥ — o deus do Sol; agniḥ — o fogo; kham — o céu; marut — o ar; devaḥ — os semideuses; somaḥ — a Lua; sandhyā — o crepúsculo; ahanī — o dia e a noite; diśaḥ — as direções; kam — a água; kuḥ — a terra; svayam — pessoalmente; dharmaḥ — Yamarāja ou a Superalma; iti — assim; hi — na verdade; ete — todos esses; daihyasya — de uma entidade viva corporificada nos elementos materiais; sākṣiṇaḥ — testemunhas.

O Sol, o fogo, o céu, o ar, os semideuses, a Lua, o crepúsculo, o dia, a noite, as direções, a água, a terra e a própria Superalma – todos testemunham as atividades dos seres vivos.

SIGNIFICADO—Os membros de algumas seitas religiosas, especialmente os cristãos, não acreditam nas reações do karma. Certa vez, tivemos uma con­versa com um erudito catedrático cristão que argumentava que, embora as pessoas geralmente sejam punidas depois de ouvidas as testemunhas de seus delitos, onde estão as testemunhas responsá­veis pelo fato de alguém sofrer as reações do karma passado? Para tal pessoa, temos aqui a resposta dos Yamadūtas. A alma condicio­nada pensa que está agindo ocultamente e que ninguém pode ver suas atividades pecaminosas, mas, através dos śāstras, podemos entender que existem muitas testemunhas, incluindo o Sol, o fogo, o céu, o ar, a Lua, os semideuses, o crepúsculo, a noite, o dia, as direções, a água, a terra e a própria Superalma, que, juntamente com a alma individual, está sentada dentro do coração desta. Quem disse que não havia testemunhas? Tanto as testemunhas quanto o Senhor Supremo existem, de modo que muitas entidades vivas são ele­vadas aos sistemas planetários superiores ou degradadas aos sistemas planetários inferiores, incluindo os planetas infernais. Não há nada fora do lugar, pois tudo é arranjado perfeitamente pela administra­ção do Deus Supremo (svābhāvikī jñāna-bala-kriyā ca). As testemunhas mencionadas neste verso também são mencionadas em outros textos védicos:

āditya-candrāv anilo ’nalaś ca
dyaur bhūmir āpo hṛdayaṁ yamaś ca
ahaś ca rātriś ca ubhe ca sandhye
dharmo ’pi jānāti narasya vṛttam

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