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VERSO 16

tataḥ surāṇām asurai
raṇaḥ parama-dāruṇaḥ
tretā-mukhe narmadāyām
abhavat prathame yuge

tataḥ — depois disso; surāṇām — dos semideuses; asuraiḥ — com os demônios; raṇaḥ — uma grande batalha; parama-dāruṇaḥ — muito aterrorizante; tretā-mukhe — no começo de Tretā-yuga; narmadāyām — às margens do rio Narmadā; abhavat — ocorreu; prathame — no primeiro; yuge — milênio.

Depois disso, no final de Satya-yuga e no início de Treta-yuga, ocorreu uma feroz batalha entre os semi­deuses e os demônios às margens do Narmadā.

SIGNIFICADO—O Narmadā mencionado nesta passagem não é o rio Narmadā situado na Índia. Todos os cinco rios sagrados da Índia – Gaṅgā, Yamunā, Narmadā, Kāverī e Kṛṣṇā – são celestiais. Como o rio Ganges, o rio Narmadā também flui nos sistemas planetários supe­riores. A batalha entre os semideuses e os demônios foi travada nos planetas superiores.

As palavras prathame yuge significam “no começo do primeiro milênio”, ou seja, no começo do manvantara Vaivasvata. Por um dia de Brahmā, transcorrem quatorze Manus, e cada um deles vive setenta e um milênios. Os quatro yugas – Satya, Treta, Dvāpara e Kali – constituem um milênio. Atualmente, estamos no manvantara de Vaivasvata Manu, que é mencionado na Bhagavad-gītā (imaṁ vivasvate yogaṁ proktavān aham avyayam/ vivasvān manave prāha). Estamos agora no vigésimo oitavo milênio de Vaivasvata Manu, mas esse conflito se deu no começo do primeiro milênio de Vaivasvata Manu. Pode-se calcular historicamente quanto tempo atrás ocorreu a batalha. Uma vez que cada milênio consiste em 4.300.000 anos e estamos agora no vigésimo oitavo milênio, cerca de 120.400.000 anos transcorreram desde que a batalha foi travada às margens do rio Narmadā.

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