VERSO 25
na nāka-pṛṣṭhaṁ na ca pārameṣṭhyaṁ
na sārva-bhaumaṁ na rasādhipatyam
na yoga-siddhīr apunar-bhavaṁ vā
samañjasa tvā virahayya kāṅkṣe
na — não; nāka-pṛṣṭham — os planetas celestiais ou Dhruvaloka; na — nem; ca — também; pārameṣṭhyam — o planeta no qual reside o senhor Brahmā; na — nem; sārva-bhaumam — soberania sobre todo o sistema planetário terrestre; na — nem; rasā-ādhipatyam — soberania sobre os sistemas planetários inferiores; na — nem; yoga-siddhīḥ — oito espécies de poderes místicos ióguicos (aṇimā, laghimā, mahimā etc.); apunaḥ-bhavam — eximir-se de renascer em um corpo material; vā — ou; samañjasa — ó fonte de todas as oportunidades; tvā — Vós; virahayya — estando separado de; kāṅkṣe — eu desejo.
Ó meu Senhor, fonte de todas as oportunidades, não desejo desfrutar em Dhruvaloka, nos planetas celestiais nem no planeta onde reside o senhor Brahmā, tampouco quero ser o governante supremo de todos os planetas terrestres ou dos sistemas planetários inferiores. Não desejo ser o mestre dos poderes do yoga místico, tampouco quero a liberação se eu tiver de abandonar Vossos pés de lótus.
SIGNIFICADO—O devoto puro jamais deseja vantagens materiais ao prestar transcendental serviço amoroso ao Senhor. Como se afirma no verso anterior (dāsānudāso bhavitāsmi), o devoto puro deseja apenas se ocupar no serviço amoroso ao Senhor em constante associação com o Senhor e Seus associados eternos. Como confirma Narottama Dāsa Ṭhākura:
tāṅdera caraṇa sevi bhakta-sane vāsa
janame janame haya, ei abhilāṣa
O único objetivo de um devoto puro e imaculado é servir ao Senhor e aos servos de Seus servos ao mesmo tempo em que está na companhia dos devotos.