VERSO 26
ajāta-pakṣā iva mātaraṁ khagāḥ
stanyaṁ yathā vatsatarāḥ kṣudh-ārtāḥ
priyaṁ priyeva vyuṣitaṁ viṣaṇṇā
mano ’ravindākṣa didṛkṣate tvām
ajāta-pakṣāḥ — que ainda não desenvolveram asas; iva — como; mātaram — a mãe; khagāḥ — filhotes de pássaros; stanyam — o leite do úbere; yathā — assim como; vatsatarāḥ — os bezerrinhos; kṣudhārtāḥ — assolados pela fome; priyam — o amado ou o esposo; priyā — a esposa ou amante; iva — como; vyuṣitam — que está longe de casa; viṣaṇṇā — taciturna; manaḥ — minha mente; aravinda-akṣa — ó pessoa de olhos de lótus; didṛkṣate — deseja ver; tvām — a Vós.
Ó Senhor de olhos de lótus, assim como os filhotes de pássaros que ainda não têm asas desenvolvidas ficam sempre à espera do momento em que sua mãe retornará para alimentá-los, assim como os bezerrinhos amarrados com as cordas esperam ansiosamente a hora da ordenha, quando poderão beber o leite de suas mães, ou assim como uma esposa taciturna cujo esposo está longe de casa sempre almeja que ele retorne e a satisfaça em todos os aspectos, eu sempre aspiro a obter a oportunidade de Vos prestar serviço direto.
SIGNIFICADO—O devoto puro sempre almeja associar-se pessoalmente com o Senhor e prestar-Lhe serviço. Os exemplos dados neste verso são muito apropriados. Um filhote de pássaro praticamente jamais fica satisfeito a não ser quando sua mãe vai alimentá-lo, um bezerrinho nunca fica satisfeito a menos que receba permissão para beber o leite do úbere materno, e uma casta e devotada esposa cujo marido está ausente de casa nunca fica satisfeita a menos que ela tenha a companhia de seu amado esposo.