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VERSO 1

śrī-parīkṣid uvāca
rajas-tamaḥ-svabhāvasya
brahman vṛtrasya pāpmanaḥ
nārāyaṇe bhagavati
katham āsīd dṛḍhā matiḥ

śrī-parīkṣit uvāca — o rei Parīkṣit perguntou; rajaḥ — do modo da paixão; tamaḥ — e do modo da ignorância; sva-bhāvasya — tendo uma natureza; brahman — ó brāhmaṇa erudito; vṛtrasya — de Vṛtrāsura; pāpmanaḥ — que era supostamente pecaminoso; nārāyaṇe — no Senhor Nārāyaṇa; bhagavati — a Suprema Personalidade de Deus; katham — como; āsīt — estabeleceu; dṛḍhā — fortíssima; matiḥ — consciência.

O rei Parīkṣit perguntou a Śukadeva Gosvāmī: Ó brāhmaṇa eru­dito, de um modo geral, os demônios são pecaminosos e estão obcecados pelos modos da paixão e da ignorância. Como, então, Vṛtrāsura pôde alcançar tão elevado amor a Nārāyaṇa, a Suprema Personalidade de Deus?

SIGNIFICADO—Neste mundo material, todos estão obcecados pelos modos da paixão e da ignorância. Entretanto, a menos que alguém sobrepuje esses modos e chegue à plataforma de bondade, não há possibilidade de ele se tornar um devoto puro. O próprio Senhor Kṛṣṇa confirma isso na Bhagavad-gītā (7.28):

yeṣāṁ tv anta-gataṁ pāpaṁ
janānāṁ puṇya-karmaṇām
te dvandva-moha-nirmuktā
bhajante māṁ dṛḍha-vratāḥ

“Aqueles que agiram piedosamente tanto nesta vida quanto em vidas passadas, e cujas ações pecaminosas se erradicaram por completo, livram-se da ilusão manifesta sob a forma das dualidades, e se ocupam em servir-Me com determinação.” Uma vez que Vṛtrāsura pertencia à sociedade dos demônios, Mahārāja Parīkṣit se colocou a pensar como lhe foi pos­sível se tornar um devoto tão grandioso.

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