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VERSO 12

rūpaudārya-vayo-janma-
vidyaiśvarya-śriyādibhiḥ
sampannasya guṇaiḥ sarvaiś
cintā bandhyā-pater abhūt

rūpa — com beleza; audārya — magnanimidade; vayaḥ — juventude; janma — nascimento aristocrático; vidyā — educação; aiśvarya — opulência; śriya-ādibhiḥ — riqueza e assim por diante; sampannasya — dotado; guṇaiḥ — com boas qualidades; sarvaiḥ — toda; cintā — a ansiedade; bandhyā-pateḥ — de Citraketu, o esposo de tantas mulheres estéreis; abhūt — havia.

Citraketu, o esposo de milhões de esposas, era dotado de uma bela forma, magnanimidade e juventude. Nascera em família nobre, teve educação esmerada e era rico e opulento. Entretanto, apesar de possuir todos esses dotes materiais, estava cheio de ansiedade porque não tinha filhos.

SIGNIFICADO—Parece que, primeiramente, Citraketu se casou com uma esposa, mas ela não pôde dar um filho ao rei. Então, ele se casou com a segunda, terceira, quarta e assim por diante, mas nenhuma das esposas era fértil. Apesar dos dotes materiais de janmaiśvarya-śruta-śrī – nas­cimento em família aristocrática com plena opulência, riqueza, edu­cação e beleza –, ele estava muito pesaroso porque, embora possuísse todas essas esposas, não tinha nenhum filho. Decerto seu pesar era natural. Vida de gṛhastha não significa ter esposa e ficar sem filhos. Cāṇakya Paṇḍita diz que putra-hīnaṁ gṛhaṁ śūnyam: se um chefe de família não tem filhos, seu lar não passa de um de­serto. O rei certamente era muito infeliz em não ter um filho, e foi por isso que ele se casou tantas vezes. Os kṣatriyas têm especial con­cessão a se casar com mais de uma esposa, e foi isso o que esse rei fez. Entretanto, ele não constituiu uma prole.

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