VERSO 47
namas tubhyaṁ bhagavate
sakala-jagat-sthiti-layodayeśāya
duravasitātma-gataye
kuyogināṁ bhidā paramahaṁsāya
namaḥ — todas as reverências; tubhyam — a Vós; bhagavate — Vossa Onipotência; sakala — toda; jagat — da manifestação cósmica; sthiti — da manutenção; laya — dissolução; udaya — e da criação; īśāya — ao Senhor Supremo; duravasita — impossível de entender; ātma-gataye — cuja própria posição; ku-yoginām — daqueles que estão apegados aos objetos dos sentidos; bhidā — pela falsa compreensão da separação; parama-haṁsāya — ao supremo puro.
Meu querido Senhor, sois o criador, mantenedor e aniquilador desta manifestação cósmica, mas as pessoas que são muito materialistas e sempre enxergam divisões não têm olhos para ver-Vos. Como não podem entender Vossa verdadeira posição, concluem que a manifestação cósmica independe de Vossa opulência. Meu Senhor, sois a pureza suprema, e sois pleno de todas as seis opulências. Portanto, ofereço-Vos minhas respeitosas reverências.
SIGNIFICADO—Os homens ateístas pensam que a manifestação cósmica surgiu por acaso, através de uma combinação da matéria, sem a intervenção divina. Os materialistas que se dizem químicos e os filósofos ateus sempre evitam até mesmo vincular o nome de Deus à manifestação cósmica. Eles não conseguem entender a criação de Deus, pois são muito materialistas. A Suprema Personalidade de Deus é paramahaṁsa, ou a pureza suprema, ao passo que aqueles que são pecaminosos, estando muito apegados ao gozo dos sentidos materiais, e, portanto, tal qual asnos, estando ocupados em atividades materiais, são os mais baixos dos homens. Todo o conhecimento científico a eles atribuído é nulo e vazio devido ao seu temperamento ateísta. Assim, eles não podem entender a Suprema Personalidade de Deus.