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VERSO 16

śrī-yudhiṣṭhira uvāca
aho aty-adbhutaṁ hy etad
durlabhaikāntinām api
vāsudeve pare tattve
prāptiś caidyasya vidviṣaḥ

śrī-yudhiṣṭhiraḥ uvāca — Mahārāja Yudhiṣṭhira disse; aho — oh!; ati-adbhutam — muito maravilhoso; hi — decerto; etat — isto; durlabha — de difícil obtenção; ekāntinām — para os transcendentalistas; api — inclusive; vāsudeve — em Vāsudeva; pare — a suprema; tattve — Verdade Absoluta; prāptiḥ — a consecução; caidyasya — de Śiśupāla; vidviṣaḥ — invejoso.

Mahārāja Yudhiṣṭhira perguntou: É muito maravilhoso que o demônio Śiśupāla tenha imergido no corpo da Suprema Personalidade de Deus, muito embora esse demônio fosse extremamente invejoso. Nem mesmo grandes transcendentalistas são capazes de atingir esse sāyujya-mukti. Então, como foi que um inimigo do Senhor obteve isso?

SIGNIFICADO—Existem duas classes de transcendentalistas – os jñānīs e os bhaktas. Os bhaktas não desejam imergir na existência do Senhor, mas os jñānīs, sim. Śiśupāla, entretanto, não era nem jñānī nem bhakta. Porém, pelo simples fato de invejar o Senhor, ele alcançou a elevada posição de imergir no corpo do Senhor. Por certo que isso era espantoso, de modo que Mahārāja Yudhiṣṭhira perguntou sobre a causa da misteriosa misericórdia do Senhor para com Śiśupāla.

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