VERSO 30
tasya daitya-pateḥ putrāś
catvāraḥ paramādbhutāḥ
prahrādo ’bhūn mahāṁs teṣāṁ
guṇair mahad-upāsakaḥ
tasya — dele (Hiraṇyakaśipu); daitya-pateḥ — o rei dos Daityas; putrāḥ — filhos; catvāraḥ — quatro; parama-adbhutāḥ — muito qualificados e maravilhosos; prahrādaḥ — aquele chamado Prahlāda; abhūt — era; mahān — o maior; teṣām — de todos eles; guṇaiḥ — com qualidades transcendentais; mahat-upāsakaḥ — sendo um devoto imaculado da Suprema Personalidade de Deus.
Hiraṇyakaśipu tinha quatro filhos maravilhosos e bem qualificados, dos quais Prahlāda era o melhor. Na verdade, como era um devoto imaculado da Personalidade de Deus, Prahlāda era um reservatório de todas as qualidades transcendentais.
yasyāsti bhaktir bhagavaty akiñcanā
sarvair guṇais tatra samāsate surāḥ
“Naquele que deposita em Kṛṣṇa fé inabalável, todas as boas qualidades de Kṛṣṇa e dos semideuses manifestam-se consistentemente.” (Śrīmad-Bhāgavatam 5.18.12) Nesta passagem, louva-se Prahlāda Mahārāja porque ele tinha todas as boas qualidades encontradas em quem adora a Suprema Personalidade de Deus. Portanto, o devoto puro, que não é interesseiro, tem todas as boas qualidades, materiais e espirituais. Se alguém é espiritualmente avançado e, portanto, um leal e magnânimo devoto do Senhor, todas as boas qualidades se manifestam em seu ser. Por outro lado, harāv abhaktasya kuto mahad-guṇāḥ: mesmo que um não devoto possua algumas qualidades materiais positiva, elas não têm valor algum. É esse o veredito dos Vedas.