VERSO 27
taṁ manyamāno nija-vīrya-śaṅkitaṁ
yad dhasta-mukto nṛhariṁ mahāsuraḥ
punas tam āsajjata khaḍga-carmaṇī
pragṛhya vegena gata-śramo mṛdhe
tam — que Ele (Senhor Nṛsiṁhadeva); manyamānaḥ — pensando; nija-vīrya-śaṅkitam — temeroso de seu poder; yat — porque; hastamuktaḥ — livre das garras do Senhor; nṛ-harim — o Senhor Nṛsiṁhadeva; mahā-asuraḥ — o grande demônio; punaḥ — novamente; tam — a Ele; āsajjata — atacou; khaḍga-carmaṇī — sua espada e escudo; pragṛhya — pegando de; vegena — com muito ímpeto; gata-śramaḥ — sua fadiga tendo desaparecido; mṛdhe — na batalha.
Ao se livrar das mãos de Nṛsiṁhadeva, Hiraṇyakaśipu pensou que o Senhor temia o seu poder. Portanto, após um pequeno descanso, ele pegou de sua espada e escudo e, com muito ímpeto, novamente arremeteu contra o Senhor.
SIGNIFICADO—Quando um homem pecaminoso desfruta de facilidades materiais, os tolos, às vezes, pensam: “Como é que esse homem pecaminoso está desfrutando enquanto homens piedosos estão sofrendo?” Às vezes, pela vontade do Supremo, como se não estivesse sob as garras da natureza material, um homem pecaminoso recebe a oportunidade de desfrutar do mundo material para que, com isso, ele seja enganado. O homem pecaminoso que age contra as leis da natureza tem que ser punido, mas, certas vezes, recebe uma oportunidade de se divertir, exatamente como aconteceu com Hiraṇyakaśipu ao se libertar das mãos de Nṛsiṁhadeva. Hiraṇyakaśipu estava destinado a ser morto por Nṛsiṁhadeva, mas, apenas para assistir ao espetáculo, o Senhor lhe deu a chance de escapar de Suas mãos.