VERSO 49
śrī-prajāpataya ūcuḥ
prajeśā vayaṁ te pareśābhisṛṣṭā
na yena prajā vai sṛjāmo niṣiddhāḥ
sa eṣa tvayā bhinna-vakṣā nu śete
jagan-maṅgalaṁ sattva-mūrte ’vatāraḥ
śrī-prajāpatayaḥ ūcuḥ — as grandes personalidades que criaram os vários seres vivos ofereceram suas orações, dizendo; prajā-īśāḥ — os prajāpatis criados pelo senhor Brahmā e que, por sua vez, criaram muitas gerações de entidades vivas; vayam — nós; te — de Vós; para-īśa — ó Senhor Supremo; abhisṛṣṭāḥ — nascidos; na — não; yena — por quem (Hiraṇyakaśipu); prajāḥ — entidades vivas; vai — na verdade; sṛjāmaḥ — criamos; niṣiddhāḥ — sendo proibido; saḥ — ele (Hiraṇyakaśipu); eṣaḥ — isto; tvayā — por Vós; bhinna-vakṣāḥ — cujo peito foi retalhado; nu — na verdade; śete — jaz; jagat-maṅgalam — para a boa fortuna do mundo inteiro; sattva-mūrte — sob esta forma transcendental de bondade pura; avatāraḥ — esta encarnação.
Os prajāpatis ofereceram as seguintes orações: Ó Senhor Supremo, Senhor inclusive de Brahmā e Śiva, nós, os prajāpatis, fomos criados por Vós para executarmos Vossas ordens, mas fomos proibidos por Hiraṇyakaśipu de continuarmos criando boas progênies. Agora, o demônio jaz morto diante de nós, com o peito retalhado por Vós. Portanto, deixai-nos oferecer nossas respeitosas reverências a Vós, cuja encarnação sob esta forma de bondade pura se destina ao bem-estar de todo o universo.