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VERSO 9

śrī-manur uvāca
yena cetayate viśvaṁ
viśvaṁ cetayate na yam
yo jāgarti śayāne ’smin
nāyaṁ taṁ veda veda saḥ

śrī-manuḥ uvāca — Svāyambhuva Manu falou; yena — por quem (a Personalidade de Deus); cetayate — torna-se animado; viśvam — o universo inteiro; viśvam — o universo inteiro (o mundo material); cetayate — anima; na — não; yam — aquele que; yaḥ — aquele que; jāgarti — está sempre desperto (observando todas as atividades); śayāne — enquanto dorme; asmin — neste corpo; na — não; ayam — esta entidade viva; tam — a Ele; veda — conhece; veda — conhece; saḥ — Ele.

O senhor Manu disse: O ser vivo supremo criou este mundo material animado, e ninguém deve concluir que Ele tenha sido criado por este mundo material. Quando tudo está silencioso, o Ser Supremo permanece desperto como uma testemunha. A entidade viva não O conhece, mas Ele conhece tudo.

SIGNIFICADO—Eis uma distinção entre a Suprema Personalidade de Deus e as entidades vivas. Nityo nityānāṁ cetanaś cetanānām. (Kaṭha Upaniṣad 2.2.13) De acordo com a versão védica, o Senhor é o supremo eterno, o ser vivo su­premo. A diferença entre o Ser Supremo e o ser vivo comum é que, quando este mundo material é aniquilado, todas as entidades vivas, entrando em uma condição inconsciente ou adormecida, ficam imersas no esquecimento, ao passo que o Ser Supremo fica desperto e age como a testemunha de tudo. Este mundo material é criado, permanece por algum tempo e, então, é aniquilado. Entretanto, através de todas essas mudanças, o Ser Supremo permanece des­perto. Na condição material de todas as entidades vivas, há três etapas de sonho. Quando o mundo material está desperto e é posto em ação, isso é uma espécie de sonho, um sonho acordado. Quando vão dormir, as entidades vivas voltam a sonhar. E, quando ficam inconscientes no momento da aniquilação, após a qual este mundo material fica imanifesto, elas entram em outra etapa de sonho. Portanto, qualquer que seja a sua etapa no mundo material, em todas elas estão dormindo. No mundo espiritual, em contraste, tudo está des­perto.

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