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VERSO 21

ślathad dukūlaṁ kabarīṁ ca vicyutāṁ
sannahyatīṁ vāma-kareṇa valgunā
vinighnatīm anya-kareṇa kandukaṁ
vimohayantīṁ jagad-ātma-māyayā

ślathat — escorregando ou afrouxando-se; dukūlam — o sári; kaba­rīm ca — e o cabelo; vicyutām — soltando-se e desgrenhando-se; sannahyatīm — tentando prender; vāma-kareṇa — com a mão esquerda; valgunā — muito belamente atrativa; vinighnatīm — golpeando; anya­-kareṇa — com a mão direita; kandukam — a bola; vimohayantīm — dessa maneira cativando a todos; jagat — o mundo inteiro; ātma­-māyayā — através da potência espiritual, a energia interna.

Conforme Ela brincava com a bola, o sári que cobria Seu corpo se afrouxava, e Seu cabelo ficava em desalinho. Ela tentava prender Seu cabelo com Sua bela mão esquerda e, ao mesmo tempo, brincava com a bola, acertando-a com Sua mão direita. Isso era tão atraente que o Senhor Supremo, através de Sua potência interna, cativou a todos.

SIGNIFICADO—Na Bhagavad-gītā (7.14), afirma-se que daivī hy eṣā guṇa-mayī mama māyā duratyayā: a potência externa da Suprema Personalidade de Deus é extremamente forte. Na verdade, todos são inteiramen­te cativados por sua atividade. O senhor Śambhu (Śiva) assumiu uma posição na qual não se esperava que ele fosse cativado pela potência externa, mas, como queria cativá-lo também, o Senhor Viṣṇu ma­nifestou Sua potência interna para agir da mesma maneira que Sua potência externa age para cativar as entidades vivas comuns. O Senhor Viṣṇu pode cativar qualquer pessoa, mesmo uma personalidade tão grande como o Senhor Śambhu.

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