VERSO 7
yat-pāda-padma-makaranda-niṣevaṇena
brahmādayaḥ śaraṇadāśnuvate vibhūtīḥ
kasmād vayaṁ kusṛtayaḥ khala-yonayas te
dākṣiṇya-dṛṣṭi-padavīṁ bhavataḥ praṇītāḥ
yat — de quem; pāda-padma — da flor de lótus dos pés; makaranda — do mel; niṣevaṇena — saboreando a doçura proveniente da prestação de serviço; brahma-ādayaḥ — grandes personalidades como o senhor Brahmā; śaraṇa-da — ó meu Senhor, refúgio supremo de todos; aśnuvate — desfrutam de; vibhūtīḥ — bênçãos dadas por Vós; kasmāt — como; vayam — nós; ku-sṛtayaḥ — todos os assaltantes e ladrões; khala-yonayaḥ — nascidos de uma dinastia invejosa, a saber, a dos demônios; te — esses asuras; dākṣiṇya-dṛṣṭi-padavīm — a posição concedida pelo olhar misericordioso; bhavataḥ — de Vossa Onipotência; praṇītāḥ — alcançamos.
Ó supremo refúgio de todos, grandes personalidades, como Brahmā, desfrutam de suas perfeições simplesmente saboreando o mel produzido através da prestação de serviço aos Vossos pés de lótus. Quanto a nós, que somos todos impostores e libertinos nascidos em famílias de demônios invejosos, como foi que recebemos Vossa misericórdia? Isso foi possível somente porque Vossa misericórdia é espontânea.