VERSO 47
jano ’budho ’yaṁ nija-karma-bandhanaḥ
sukhecchayā karma samīhate ’sukham
yat-sevayā tāṁ vidhunoty asan-matiṁ
granthiṁ sa bhindyād dhṛdayaṁ sa no guruḥ
janaḥ — a alma condicionada sujeita a nascimentos e mortes; abudhaḥ — muito tola porque aceita o corpo como o eu; ayam — ela; nija-karma-bandhanaḥ — aceitando diferentes formas corpóreas como resultado de suas atividades pecaminosas; sukha-icchayā — desejando ser feliz dentro deste mundo material; karma — atividades fruitivas; samīhate — planeja; asukham — mas isto acaba trazendo infortúnio; yat-sevayā — prestando serviço a quem; tām — o envolvimento no karma; vidhunoti — limpa; asat-matim — a mentalidade impura (aceitando o corpo como o eu); granthim — nó cego; saḥ — Sua Onipotência, a Suprema Personalidade de Deus; bhindyāt — sendo cortado; hṛdayam — no âmago do coração; saḥ — Ele (o Senhor); naḥ — nosso; guruḥ — o mestre espiritual supremo.
Na esperança de tornar-se feliz neste mundo material, a alma condicionada tola realiza atividades fruitivas que resultam apenas em sofrimento. Porém, prestando serviço à Suprema Personalidade de Deus, a pessoa livra-se desses desejos de obter felicidade falsa. Que meu mestre espiritual corte do âmago do meu coração o nó dos falsos desejos.
SIGNIFICADO—Na busca de felicidade material, a alma condicionada envolve-se em atividades fruitivas, as quais, na verdade, trazem-lhe aflições materiais. Como não sabe disso, a alma condicionada é tida como estando em avidyā, ou ignorância. Devido a uma falsa esperança de ser feliz, a alma condicionada entrega-se a vários planos que a induzem a realizar atividades materiais. Aqui, Mahārāja Satyavrata ora ao Senhor que corte esse nó cego da falsa felicidade e, assim, torne-Se seu mestre espiritual supremo.