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VERSO 13

taṁ tvāṁ vayaṁ nātha samujjihānaṁ
saroja-nābhāticirepsitārtham
dṛṣṭvā gatā nirvṛtam adya sarve
gajā davārtā iva gāṅgam ambhaḥ

tam — ó Senhor; tvām — Vossa Onipotência; vayam — todos nós; nātha — ó mestre; samujjihānam — agora aparecendo diante de nós com todas as glórias; saroja-nābha — ó Senhor, cujo umbigo parece uma flor de lótus, ou aquele de cujo umbigo brota uma flor de lótus; ati-cira — por um tempo extremamente longo; īpsita — desejando; artham — a meta última da vida; dṛṣṭvā — vendo; gatāḥ — em nossa visão; nirvṛtam — felicidade transcendental; adya — hoje; sarve — todos nós; gajāḥ — elefantes; dava-artāḥ — sendo acossados em um incêndio florestal; iva — como; gāṅgam ambhaḥ — com água do Ganges.

Os elefantes acossados por um incêndio na floresta ficam muito felizes ao alcançarem a água do Ganges. Igualmente, ó meu Senhor de cujo umbigo brota uma flor de lótus, uma vez que agora aparecestes diante de nós, tornamo-nos transcendentalmente felizes. Vendo Vossa Onipotência, quem há muito desejávamos ver, alcançamos a meta última de nossas vidas.

SIGNIFICADO—Os devotos do Senhor sempre anseiam ver o Senhor Supremo face a face, mas não pedem que o Senhor apresente-Se diante deles, pois o devoto puro considera tal pedido contrário ao serviço devo­cional. Em Seu Śikṣāṣṭaka, Śrī Caitanya Mahāprabhu ensina esta lição. Adarśanān marma-hatāṁ karotu vā. O devoto sempre anseia por ver o Senhor face a face, mas, se ele se sente abatido porque, mesmo vida após vida, não consegue ver o Senhor, nem por isso ele ordenará ao Senhor que Ele lhe apareça. Esse é um sinal de devo­ção pura. Portanto, neste verso, encontramos a expressão ati-cira­-īpsita-artham, significando que, desde há muito e muito tempo, o devoto deseja ver o Senhor. Se o Senhor, por Sua própria decisão, sente prazer em aparecer diante do devoto, o devoto fica muitíssimo feliz, como aconteceu com Dhruva Mahārāja quando viu pessoal­mente a Suprema Personalidade de Deus. Ao ver o Senhor, Dhruva Mahārāja não teve nenhum desejo de pedir-Lhe alguma bênção. Na verdade, bastou ver o Senhor para que Dhruva Mahārāja se sentisse tão satisfeito a ponto de não querer pedir nenhuma bênção ao Senhor (svāmin kṛtārtho ’smi varaṁ na yāce). O devoto puro, consiga ou não consiga ver o Senhor, está sempre ocupado no serviço devo­cional ao Senhor, sempre acalentando a esperança de que, em dado momento, o Senhor talvez queira aparecer diante dele para que, então, o devoto puro possa ver o Senhor face a face.

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