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VERSO 39

prāṇaiḥ svaiḥ prāṇinaḥ pānti
sādhavaḥ kṣaṇa-bhaṅguraiḥ
baddha-vaireṣu bhūteṣu
mohiteṣv ātma-māyayā

prāṇaiḥ — pelas vidas; svaiḥ — suas próprias; prāṇinaḥ — outras entidades vivas; pānti — protegem; sādhavaḥ — devotos; kṣaṇa-bhaṅguraiḥ — temporárias; baddha-vaireṣu — desnecessariamente ocupadas em animosidades; bhūteṣu — contra as entidades vivas; mohiteṣu — confundidas; ātma-māyayā — pela energia externa do Senhor.

A população em geral, estando desorientada pela energia ilusória da Suprema Personalidade de Deus, está sempre ocupada em lutar entre si. Mas os devotos, mesmo arriscando suas próprias vidas temporárias, esforçam-se para salvá-la.

SIGNIFICADO—Esta é a característica do vaiṣṇava. Para-duḥkha-duḥkhī: o vaiṣṇava fica sempre infeliz ao ver as almas condicionadas imersas na infelicidade. É por isso que ele lhes ensina como se tor­narem felizes. Na vida material, as pessoas certamente se ocupam em atos de animosidade. A vida material, portanto, é compa­rada a saṁsāra-dāvānala, um grande incêndio florestal que ocorre inesperadamente. O senhor Śiva e seus seguidores no sistema de paramparā tentam salvar a população tirando-a dessa condição material tão perigosa. Esse é o dever dos devotos que seguem os princípios do senhor Śiva e pertencem ao Rudra-sampradāya. Existem quatro sampradāyas vaiṣṇavas, e o Rudra-sampradāya é um deles porque o senhor Śiva (Rudra) é o melhor dos vaiṣṇavas (vaiṣṇavānāṁ yathā śambhuḥ). Na verdade, como veremos, o senhor Śiva bebeu o veneno para o benefício de toda a humanidade.

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