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VERSO 46

praskannaṁ pibataḥ pāṇer
yat kiñcij jagṛhuḥ sma tat
vṛścikāhi-viṣauṣadhyo
dandaśūkāś ca ye ’pare

praskannam — espalhado em várias partes; pibataḥ — do senhor Śiva, enquanto ele bebia; pāṇeḥ — da palma da mão; yat — que; kiñcit — muito pouco; jagṛhuḥ — aproveitaram-se da oportunidade para beber; sma — na verdade; tat — isto; vṛścika — os escorpiões; ahi — as cobras; viṣa-auṣadhyaḥ — drogas venenosas; dandaśūkāḥ ca — e animais cujas picadas são peçonhentas; ye — que; apare — outras entidades vivas.

Enquanto o senhor Śiva tomava o veneno, os escorpiões, as cobras, as drogas venenosas e outros animais cujas picadas são peçonhentas aproveitaram-se da oportunidade para beber qualquer resquício de veneno que caiu da mão do senhor Śiva e se espalhou enquanto ele bebia.

SIGNIFICADO—Os mosquitos, os chacais, os cães e outras variedades de danda­śūka, ou animais cujas mordidas e picadas são venenosas, beberam o veneno do samudra-manthana, o oceano agitado, visto que isso se tornou disponível depois de cair das palmas das mãos do senhor Śiva.

Neste ponto, encerram-se os Significados Bhaktivedanta do oitavo canto, sétimo capítulo, do Śrīmad-Bhāgavatam, intitulado “Bebendo Veneno, o Senhor Śiva Salva o Universo”.

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